sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

OBRIGADO, SENHOR MEU DEUS!


OBRIGADO, SENHOR MEU DEUS!

Gracinda Calado

Mais um ano se vai e com ele as indiferenças, as tristezas, a solidão a saudade de um ano que se foi sem dizer adeus.
Fica conosco a esperança de renascer no amor e na justiça, aqueles que esperam uma vida melhor e mais alegre!
Adeus aos dissabores, das noites de duvidas e incertezas, dos dias de sofrimentos e dificuldades no corre- corre da cidade.
Quero te pedir Jesus que o brilho do teu olhar de menino na manjedoura, faça renascer em nossos corações a fraternidade e a esperança de um mundo melhor!
Que a paz reine em todos os lares e em todos os corações!

domingo, 21 de dezembro de 2008


Aos meus amigos e leitores deste blog, tenho o prazer de participar o lançamento de meu livro: VIAJANDO NOS SONHOS, no próximo dia 30/12/2008.

Quem desejar adquirir o livro entre em contato por e-mail: gracindacalado@gmail.com

Obrigada! Gracinda Calado.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

O OLHAR DA LUA


O OLHAR DA LUA
Gracinda Calado

Do alto uma estrela brilha como se quisesse falar.
A lua pensativa não ignora o que pensar.
Olha para baixo e vê a terra grandiosa
Azul e brilhante como o sol.

Sobre a terra correm rios que lavam
Os prantos dos seus filhos.
Do seu seio corre leite e mel para alimentar
Seus inocentes pequeninos.
Na imensidão do azul terrestre milhões de pessoas
Passam e não são notadas.

Nos dias de sol as matas verdes riem de alegria para a lua
E ela não sabe que a terra é sua irmã e sua alma gêmea.
De longe a lua manda beijos para a terra,
Com votos de um dia se encontrar com ela.

Nas noites iluminadas, sentimos o pulsar
De seu coração aflito para descer.
Nas noites enluaradas, ela emana energia,
Para os corações apaixonados!

Oh! Lua dos amores e dos luares enfeitiçados,
De amores clandestinos.
Oh! Irmã da noite e dona dos destinos.
Conforto dos seresteiros e dos boêmios,
Cantadores e menestréis do mundo!

terça-feira, 9 de dezembro de 2008


BALADA DO VENTO
Gracinda Calado

O vento é livre e solto como os animais,
É o companheiro fiel de nossas vidas.
Vento que embala os coqueiros,
Dá força as velas que navegam nos mares.

Vento que as flores embala nas primaveras,
Vento que encrespa as ondas do mar.
Vento que embala sonhos impossíveis,
Arrasta correntes e correntezas, quimeras.

Vento que forma as dunas de areias
Desliza como águas cristalinas.
Vento do mar, da terra, do norte e do sul,
Vento que traz pensamentos e sereias.

Vento das tempestades e das noites de luar,
Vento e ventania dos vendavais de verão,
Enchem de medo e agonia os corações.

BALADA DO VENTO

BALADA DO VENTO
Gracinda Calado

O vento é livre e solto como os animais,
É o companheiro fiel de nossas vidas.
Vento que embala os coqueiros,
Dá força as velas que navegam nos mares.

Vento que as flores embala nas primaveras,
Vento que encrespa as ondas do mar.
Vento que embala sonhos impossíveis,
Arrasta correntes e correntezas, quimeras.

Vento que forma as dunas de areias
Desliza como águas cristalinas.
Vento do mar, da terra, do norte e do sul,
Vento que traz pensamentos e sereias.

Vento das tempestades e das noites de luar,
Vento e ventania dos vendavais de verão,
Enchem de medo e agonia os corações.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

A BORBOLETA AZUL


A BORBOLETA AZUL

Gracinda Calado

Pendurado no galho de uma árvore, o casulo se prende e espera a hora certa de desabrochar. A borboleta azul.
De repente explode para a vida e abre suas lindas asas azuis.
Pousa num cantinho, ainda tímida, mas a luz do sol vem beijar-lhe, e a vida para ela renasce num mundo novo e estranho.
Tudo para ela é novidade, logo ensaia os pequenos vôos e segue o caminho das flores.
Pousa sem pudor em uma linda roseira e mistura-se com as cores de suas asas que brilham como a luz do sol.

O farfalhar de suas pequenas e mimosas asas dão sinais de alegria ao saborear o mel que suga das mais perfumadas rosas.
Misteriosa a borboleta azul espalha-se pelo jardim à procura de mil beijos.
Agora ela é uma legítima borboleta, não mais aquele casulo feio e apagado, sem vida!

Somos pequenos casulos ou lindas borboletas batendo as asas de alegria nas flores dos jardins de nossas vidas!

sábado, 29 de novembro de 2008

BATURITÉ


BATURITÉ

Gracinda Calado

Cidade que recebe as delícias da natureza, encravada que é ao sopé das serras que formam o maciço do mesmo nome. Também conhecida como serra verdadeira, capital do Maciço de Baturité.
Cidade sesquicentenária onde dormem histórias e pessoas que fizeram parte de sua vida.
Em suas ruas homens e mulheres viveram sonhos embalados pelo frescor de seu clima, pelo cheiro do café, pelo manancial de suas águas.
No seu coração o imenso amor de seus filhos até hoje pulsa forte e transborda em todos os cantos da terra por onde andam...
O seu céu é um manto estrelado azul, como o manto de sua padroeira, nossa Senhora da Palma, festejada com muita fé, no dia 15 de Agosto.
Seus filhos e filhas nasceram no berço da religiosidade onde se ouve sempre os sinos seculares a chamar os fiéis para as orações.
Cidade dos guias espirituais católicos, padres jesuítas que vieram para catequizar os canindés e os genipapos, índios excluídos de seus convívios pelos vendavais de sua história. Padres e irmãs salesianos que trouxeram a cultura e a civilização formal, aliando-se ao seu povo bom e hospitaleiro.
Cidade das flores e dos casarões seculares, a mostrar toda hora a história do seu povo, que em todas as ocasiões defendeu politicamente o seu torrão.
Cidade dos bravos plantadores de café, lavradores e desbravadores dos lugares mais íngremes da região serrana.
Cidade de nossos pais e avós, antepassados que fizeram parte, como personagens de sua e nossa história.
Cidade de nossos amores e de nossas lembranças eternas.

BATURITÉ

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

LEMBRO-ME DE TI


LEMBRO-ME DE TI
Gracinda Calado



Quando tudo escurece, lembro-me de ti.
Uma esperança enorme brota em meu coração cansado de esperar.
Minhas forças voltam como uma dádiva do céu, a dominar meus músculos.
Todo o meu ser se fortalece alimentado pela esperança de te encontrar.
O que é a vida sem almejar um tempo de vitórias?
Jamais me sentirei caído e fraco, sempre terei a esperança de dias melhores em minha vida. Esperarei naquele que me fortalece e me anima.
Esperarei naquele que segue os meus passos e me sustenta para eu não fraquejar.
Que os meus dias sejam de calmaria e paz no percurso de minha jornada, e as minhas noites sejam de contemplação junto a Ti; e que a paz venturosa do teu grande amor cubra-me com tua luz divina e a tua graça plena, ó meu Jesus!

terça-feira, 25 de novembro de 2008




CANÇÃO PARA ANTONIÊTA
Gracinda Calado

Em um grande vôo subiste para o céu!
Teus pés não alcançam mais o chão que tu pisaste em toda a tua vida.
Teu corpo não sente mais as impurezas da carne fétida.
Teu olhar se transformou em luz divina e teu sorriso em divinal pureza.
Sinto teu abraço apertado cheio de amor e luz.
Resplandece em ti a graça de Deus e o véu do universo em festa se abre para te receber.
As mãos de Deus se abrem para abraçar-te e envolver-te em esplendida eternidade.
Divino é teu sorriso cheio de esperança e muita paz!
O teu amor é maior que o vento que cobre o universo inteiro.
Já não vives comigo, mas existes para me proteger e eu viverei para sempre para te amar, minha mãe!

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

ENCANTAMENTO


ENCANTAMENTO

Gracinda Calado


É noite.
Na solidão do espaço vários pontos luminosos se movimentam como pedras de cristal.
O véu da noite desce como um grande manto azulado cheio de estrelas que piscam sem parar.
Um aglomerado de corpos multicores dança no espaço sideral, enquanto o firmamento exibe a calmaria da imensidão do espaço e a grandeza majestosa de sua beleza!
Nossos olhos não conseguem apreciar a ‘olhos nus’ o que acontece no infinito.

Grandes instrumentos e telescópios povoam e circulam galáxias imensas para ajudar ao homem a observar os mistérios da criação.
O que Deus tem preparado para nós, somente o coração sentirá a magnitude de tanta beleza!
De longe podemos imaginar os astros e os planetas que nos cercam formando o universo em que vivemos.
Grandes e insondáveis segredos se escondem diante de nossos olhos.
A natureza rende-se ao mistério dos astros provocando um real e inconfundível encantamento!

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

APRENDI CONTIGO


APRENDI CONTIGO
Gracinda Calado

Contigo aprendi a viver e perdoar,
Nas horas de amarguras suportar.

Contigo aprendi consolar,
E todos os prantos enxugar.

Aprendi que só vence quem faz o bem,
Fazer alguém feliz sem ver a quem.

Aprendi a sorrir e chorar,
Esperar, pois tudo vai passar.

Contigo aprendi a sonhar,
Apreciar a luz da lua e o mar.

Aprendi que a vida foi feita para o amor,
Que o coração é um órgão enganador.

Aprendi a ler em teus lábios a solidão,
Ver no brilho de teus olhos louca paixão.

Escutar na tua voz muita emoção,
Entender o quanto ama um coração.

Aprendi não sentir medo na dor,
Contigo aprendi o que é o amor.

Contigo aprendi a ser feliz na solidão,
Ver nas pequenas coisas a perfeição.

Aprendi a respeitar o ‘meu irmão’.
Com todas as forças do meu coração.


terça-feira, 11 de novembro de 2008

LEMBRANÇAS PERDIDAS

LEMBRANÇAS PERDIDAS
Gracinda Calado

Quantas lembranças perdidas,
Naquele chão de outrora,
Entre flores e borboletas
No jardim da praça da aurora.

O vento frio fagueiro, passava sem compaixão
Levando o suave perfume que saía dos jasmins,
Levava para bem longe juras eternas, paixão.

Tudo passou tão ligeiro,
Sentada ainda te espero,
Ouvindo o vento chorar,
A falta daquele amor verdadeiro.


O céu é um grande tapete estrelado,
Onde se escondem nossas recordações,
Minhas lágrimas e tuas lembranças,
Doces e antigas emoções.

Já não existem mais para mim
Saudades frias e eternas;
Lá no céu um dia brincaremos,
Com os anjos e as estrelas celestes,
Para matar as saudades que tentam matar a gente.

LEMBRANÇAS PERDIDAS

LEMBRANÇAS PERDIDAS
Gracinda Calado

Quantas lembranças perdidas,
Naquele chão de outrora,
Entre flores e borboletas
No jardim da praça da aurora.

O vento frio fagueiro, passava sem compaixão
Levando o suave perfume que saía dos jasmins,
Levava para bem longe juras eternas, paixão.

Tudo passou tão ligeiro,
Sentada ainda te espero,
Ouvindo o vento chorar,
A falta daquele amor verdadeiro.


O céu é um grande tapete estrelado,
Onde se escondem nossas recordações,
Minhas lágrimas e tuas lembranças,
Doces e antigas emoções.

Já não existem mais para mim
Saudades frias e eternas;
Lá no céu um dia brincaremos,
Com os anjos e as estrelas celestes,
Para matar as saudades que tentam matar a gente.

sábado, 8 de novembro de 2008

A DESPEDIDA


A DESPEDIDA
Gracinda Calado

Meu doce olhar de ternura
Procura o teu docemente,
Vejo-te partir e já te sinto ausente.
Quem poderá tirar-me dessa amargura...

As tuas mãos estão trêmulas sem forças.
E o meu olhar já não encontra o teu,
É fuga para não ver tua partida.
Que medo é este que me devora?

É a tua ausência, silêncio da hora.
Tuas mãos estão frias e suadas,
As minhas, perderam a força e a cor,
E o teu sorriso amarelo se espalha,
Na voz do meu falar “que te espero”.

No momento da partida, não quero,
Ver-te sair por ali, naquela porta.
Sonho contigo um dia chegando,
E o meu sonho se realizando.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

A LÁGRIMA


A LÁGRIMA
Gracinda Calado

Quando uma lágrima cai
É o sentimento que sai
Devorando todo o peito.

A lágrima tem gosto de sal,
Tem cheiro e cor natural
Tem brilho de cristal.

A lágrima é muito quente,
Parece com dor de repente,
Saída do fundo da alma.

Água pura e cristalina,
Acaba qualquer rotina,
Lava o peito e a solidão.

Quem me ensinou a chorar,
Foi você, fui eu, foi a dor,
Que machuca um coração,
Que sofre por demais amar.

Meus olhos não choram mais,
Secaram, perderam a cor,
Meus olhos se cansaram
De chorar por teu amor.

Amor bandido escondido,
Amor de várias maneiras
Rios de lágrimas abafadas,
Correntes abandonadas.

Lágrima pérola quente,
Que brota do fundo do peito
São como lágrimas dos anjos,
São paixões sem defeitos.

sábado, 25 de outubro de 2008


ESTRELAS SOLITÁRIAS
Gracinda Calado

Longe, muito longe no infinito, estrelas vivem solitárias.
São felizes beijando a luz que sobra do luar.
Em seus passeios noturnos, soltam pequenos cristais coloridos.
Invejam o arco-íris nos dias de primavera, que enchem o céu de cores.
Seu destino é arrastar todas para o buraco negro da amplidão dos céus, quando elas deixam de brilhar no infinito.

Muitas vezes parecem falar de amores e de solidão.
Quando uma estrela cai, milhares de estrelinhas aparecem no céu.
O manto da noite fica salpicado de luzes coloridas.
Lá na amplidão dos céus elas se despedem das companheiras e caem no mar.
Viram belas coroas para as sereias, que encantam os velhos marinheiros.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

ONDE FICARAM OS SONHOS


Onde ficaram os sonhos

Gracinda Calado

Onde ficaram meus sonhos, que eu já não os sonho mais?
Onde ficaram as noites de encantos de nós dois?
Procuro-os em vão e já não os encontro mais.

Onde ficaram as lembranças de um amor imenso?
Onde ficaram os teus beijos que eu já não os tenho mais?
Onde ficou teu retrato que o tempo desbotou?

Onde ficaram os desejos ardentes de nós dois,
Onde se escondem as lembranças da mocidade,
Procuro por ti na escuridão das minhas saudades.

Procuro por ti nos sonhos de verão,
Na imensidão do universo, junto às estrelas,
Nas caladas das noites frias de inverno.

Cansada de em vão te procurar,
Durmo para sonhar contigo,
Um dia te encontrarei nas estrelas,
Em uma linda noite de luar.


sábado, 18 de outubro de 2008

PENSAMENTOS DESIGUAIS


PENSAMENTOS DESIGUAIS
Gracinda Calado

Enquanto as brumas beijam a areia,
Vejo teu vulto nas ondas da praia,
E a minha vontade era te ver sorrindo.
Diante de tantos pensamentos desiguais,
Fujo para as ondas para te encontrar.

Revejo teu retrato desbotado pelo tempo,
Volto a areia branca molhada pelo orvalho,
Escrevo teu nome em letras garrafais;
De longe alguém observa e chega para ver.
Quantos anos são passados, eu sem tua presença;

Quantas noites, quantas luas, quantos sonhos,
Sem tua presença não viverei em paz,
Espero a lua novamente invadir a praia para ver-te.
Aí, irei buscar-te e te guardar para sempre em meus sonhos.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

LEMBRANÇAS ANTIGAS


LEMBRANÇAS ANTIGAS
Gracinda Calado

Recordo o parque que um dia te encontrei,
As flores brancas dos canteiros floridos,
As borboletas que dançavam para nós.
Recordo o tempo dos folguedos na praça,
As vesperais no clube da cidade,
Belos tempos de lindas primaveras.
Lembro as rosas que roubamos dos jardins,
Colocavas em meus longos cabelos,
Sorrindo eu agradecia e te beijava.
Lembro o dia no parque, a ola gigante,
Que nas alturas se elevava para nós,
Do alto a brisa leve nos beijava,
O céu estava estrelado como gotas de orvalho,
A noite era bela como noiva ansiosa.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

PESSOAS


Pessoas

Gracinda Calado

Pessoas passam em nossas vidas, invadem nossa privacidade e levam tudo de nós.
Outras nos chamam com um sorriso, um aceno, um gesto de amor.
Algumas são como almas gêmeas, pensam como nós e agem como nós.
Outras nos dão segurança e conforto enquanto estão conosco.

Há as que nos dão esperanças, nos levantam com uma só palavra de otimismo.
Triste é sabermos que algumas pessoas nos são traiçoeiras, apunhalam-nos pelas nossas costas, todas as vezes que encontram alguém para falar da nossa vida.
Algumas passam e deixam um rasto perfumado e enchem nossa vida de perfume.
Outras existem que nos cobrem de elogios e gostam de nós, apesar dos nossos defeitos.
Pessoas passaram em nossas vidas e sumiram sem dar nenhum sinal.
Outras fizeram parte de nós e se foram deixando muitas saudades.
Há pessoas que nos fazem muita falta pois elas são como verdadeiros anjos a nos iluminar.

Sei em qual dessas pessoas eu me enquadro, assim faço esforço para ser melhor, mais amiga e companheira. Tento ser amável e alegre e ter mais pessoas ao meu lado.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

CANÇÃO DA MINHA ALMA


CANÇÃO DA MINHA ALMA

Gracinda Calado


Deleita-te o´minha alma acalantada,

Sente no âmago a paz e o sossego,

Finge dormir com os olhos acordados,

Que o dia nasce lindo no seu aconchego.


Andarilha errante e peregrina

Volúpias de paixão e de desejos,

Vôa alto como ave de rapina

No além dos céus dos teus enlêvos.


Sombras branquiadas de ilusões,

Fizeste em minha vida uma história;

Gravaste em algumas ocasiões,

Páginas completas de vitórias.


Deleita-te com o éter do universo

Que em ti um novo mundo sonho.

Tenho-te agora em mais um verso

E a confiança que em ti ponho.


Segura-me no vôo mais profundo,

Ajuda-me a escalar vales e montes

Segue-me na estrada desse mundo

Mostra-me um límpido horizonte...

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

LIMPESA TOTAL


LIMPESA TOTAL
GRACINDA CALADO



Hoje eu acordei com vontade de limpar tudo que me parece sujo.
Abri minhas gavetas e tirei todo o mofo que me incomodava o olfato.
Senti cheiro de enxofre, procurei onde estava aquilo que me aborrecia, fui logo limpar tudo.
Abri minhas malas que há muito tempo não abria, fui ao fundo do baú e retirei toda a poeira que ali morava a anos esquecidos.
Abri meus armários e perfumei todas as minhas roupas, fui ao cabide e limpei meu guarda chuva.
Até meus sapatos dei um brilho que há muito tempo eles não tinham.
A mesma coisa fiz com meus conceitos, revi-os todos.
Vesti roupa decotada, com rendas e bicos da terra, sandálias transparentes, com saltos altos, e por onde eu passava chamava atenção...
Limpei a pele do meu rosto e hidratei-a para ficar mais fresca.
Fiz uma bela maquilagem como nunca havia feito, coloquei batom vermelho e brilho.
Usei perfume importado para me sentir que estava viva!
Como foi boa a experiência desse dia! Logo percebi que eu continuava a mesma pessoa,
Com meus defeitos, meus talentos, minhas concepções de mundo e de gente.
Nada afetou minha cabeça, ao contrário me senti mais gente, porque pude entender melhor as pessoas com suas diferenças e seus gostos, seus usos e seus costumes.
Senti-me mais leve, mais limpa e mais perfumada, ao mesmo tempo em que eu fazia uma rápida reflexão no meu interior, eliminando as teias de aranhas que me envolviam.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

FIM DE TARDE


FIM DE TARDE
Gracinda Calado

Fim de tarde no horizonte,
O sol despede-se do dia,
Cobrindo todos os montes.

O mar cintila como prata
Como contos de sereia,
Invadindo toda areia.

Últimos raios quase mortos,
Cobrem toda a serrania
Na hora triste da ave- Maria.

Fim de tarde na minha alma,
O céu cobre-se de vermelho,
O mar parece um grande espelho.

Lágrimas rolam no meu rosto,
De saudades e de incertezas,
Enchem meu peito de tristeza.

No fundo azul do mar,
Ondas brincam num balé,
Parecem que vão voar.

Jangadas despedem-se do mar,
Numa linda procissão,
Já é hora de voltar.

domingo, 28 de setembro de 2008


A MOÇA DA COLINA
Gracinda Calado

Ela morava na colina e todos os dias ia olhar o mar, passear na areia branca da praia.
À noite quando estava tudo calmo ela saía sem medo e sem segredo ia sentar-se nas pedras para olhar a lua.
Conversava com a lua e as estrelas; fazia seus pedidos aos seus deuses e esperava que um dia acontecesse um milagre.
A rotina estava lhe deixando cansada.
Contava as estrelas, sentia o vento soprar nos seus ouvidos, sentia o silencio da noite,
Mas não tinha solidão.
A Moça da colina, certa vez foi olhar o luar e se esqueceu das horas, dormiu e quando acordou era manhã.
O mar estava agitado e quase beijando seus pés.
Ficou ali mais um instante e resolveu passear na praia.
De longe viu algo boiando na quebrada das ondas, entrou no mar e pegou o objeto de sua curiosidade. Era uma garrafa, com uma mensagem, bem lacrada. Abriu a garrafa e leu o que estava escrito.
O autor da mensagem era um alemão. Seu nome era Gerald Fristel.
Tudo indicava que era uma pessoa solitária e desejava casar com uma moça que gostasse do mar e da natureza.
Era marinheiro. A solicitação que fazia era: “quem encontrar esta garrafa escreva pra mim ou telefone para o numero “x”; se for mulher quero conhecê-la para casar.”
A moça da colina não teve duvidas fez tudo direitinho.
Hoje vive com seu marinheiro, na colina e todos os dias eles vão olhar o mar e agradecer a Deus o presente que o mar lhes deu.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

OLHANDO O CÉU


OLHANDO O CÉU
Gracinda Calado

Quando olho o céu sinto uma imensa paz,
Penso em tudo que ganhei e tudo que recebi.
Meu pensamento voa alto, ao me encontrar,
Com as estrelas e com as nebulosas.
Em um cantinho elas vivem sem fazer mal a ninguém,
E tão distante elas estão, nem se lembram de nós.
Em seus corações, parece pulsar o sangue do universo,
Em comunhão com as galáxias e os furacões do astral.

Nossos corpos parecem que são movidos pelos astros,
Pelos corpos celestes, pelos planetas e cometas do céu.
À noite é uma festa de cores no firmamento.
Nossa alma é tão pequena no coração do espaço!
Homens bravos, guerreiros descobriram seus valores siderais.
Milhões de estrelas e poeiras de estrelinhas se perdem na amplidão.
Longe lá longe estão a nos olhar com seus olhos estelares,
A lua, tão nua nos seus íntimos pudores nos encanta e fascina!

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

PRIMAVERA


PRIMAVERA
Gracinda Calado

A primavera já aponta o seu sinal.
As flores estão mais alegres, mais viçosas, mais perfumadas!
O céu é mais azul, as nuvens dançam no firmamento, brancas como algodão.
Nos jardins da cidade as rosas e os bugaris, as avencas, margaridas e papoulas, se abrem anunciando a chegada dessa estação!
Os rios correm mais velozes pela força do vento; as noites são mais frescas e agradáveis.
Os ipês são mais floridos, cobertos pelo amarelo e roxo de suas flores tropicais.
No alto das serras, o verde é mais brilhante e o clima mais ameno.
No coração de cada um de nós mora uma saudade, uma alegria, uma esperança.
À noite a lua vem beijar o mar com seu clarão.
As estrelas piscam como os vaga-lumes clareando a escuridão das matas.
Os caminheiros e viajantes passam nas estradas solitárias, iluminadas de dia pelos raios do sol que se fazem presentes, nos dias de primavera.
Nas grandes e pequenas árvores os pássaros fazem seus ninhos e chocam seus ovinhos enquanto o frio não chega.
De longe se ouve seus gorjeios nas manhãs de primavera.
Os peixes nadam felizes nos rios e nos lagos oferecendo a todos o alimento necessário à vida.
Tão bom que todos os dias fossem de primavera!

terça-feira, 23 de setembro de 2008

PENSEI FALAR DE AMOR


PENSEI FALAR DE AMOR
Gracinda Calado

Pensei um dia falar de amor,
Sentimento que não se desgasta,
Pensei falar de dor, e inspiração,
Pensei falar de amor e basta.

Sentimento cruel, às vezes fala,
Sangra o peito, o sentido coração,
Mas às vezes acalenta a dor e cala
Apaga as cicatrizes da paixão.

O amor e a despedida são parceiros,
São estranhos vendavais de emoções,
Ninguém resiste a uma despedida,
Ninguém resiste a uma separação.

O amor nasce de uma saudade,
De uma emoção, de um desejo,
De um momento de vaidade,
De um sentimento, de um beijo.

Falar de amor é recordar também,
É sofrer, é sentir forte paixão,
Não tem dono, não é terra de ninguém,
Não tem dono, mas sofre por alguém.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008


AH O AMOR!
Gracinda Calado


O amor engana muita gente.
O amor é um vaso fino de cristal,

ao pequeno toque cai e quebra-se.
O amor é um sentimento que se confunde com a paixão.
O amor deixa feliz qualquer coração.
Pode ser mulato ou preto, branco ou índio,
Ele não escolhe abrigo quando chega.
O amor não é ciumento, nem infiel.

Ele é suave e calmo como águas cristalinas.
O amor é um sentimento tão antigo quanto o mundo,
Por ele, muita gente já morreu.
O amor é virtuoso, paciente, doador.
O amor não sangra o peito,
O amor acalma o coração.

O que faz mal ao amor é o egoísmo doentio,
É o sentimento de posse,
A nostalgia.
O amor arrebata corações e

multiplica-se em pedaços.
O amor é oração, é emoção.
O amor é vida bem vivida.
É seiva que alimenta a alma.
O amor é a própria vida.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

TERNURINHA...




TERNURINHA
Gracinda Calado

Aos que me gostam tenho imenso carinho,
Talvez seja amor, talvez seja paixão,
Só sei que tenho laços com todos vocês,
Mesmo sem conhecê-los sei que são reais.

Sinto-me perdida quando escuto alguém dizer,
Que gosta das minhas composições,
Dos meus versos e das minhas canções.

Sinto-me muitas vezes invadida no meu intimo,
Mas tudo faz parte do universo de quem faz versos.
Identifico-me com muita gente, amigo ou parente.
Tudo em comum tem algo de mim ou de você,
O que difere é o bem querer, é a qualidade do amor.

Amor de pai ou de irmão, amor dentro do coração,
São todos iguais, profundos verdadeiros,
Fiéis, profanos ou liberais, aventureiros,
Amor será sempre amor aqui e em toda parte,
Enquanto houver razão ou alma haverá paixão!

domingo, 14 de setembro de 2008

FICA COMIGO


FICA COMIGO.
Gracinda Calado

Fica comigo nesta noite fria,
Na despedida desse amor tão forte,
Fica comigo só mais uma vez,
Não despreze assim a nossa sorte.
Quero sentir o calor de tuas mãos,
O teu perfume suave embriagador,
Na cama macia teu corpo ardente,
Quero sentir pulsar teu coração.
Quero sentir o gosto de teus lábios,
Dizendo-me palavras de amor,
Quero sentir o brilho de teus olhos,
Na escuridão da noite sem temor.
Tua voz rouca e macia me acalenta,
Teu peito forte me segura e acalma,
A noite que é só nossa já termina,
Na paz de um amor e duas almas.
Fica comigo só mais uma noite,
A noite dos casais enamorados
Já vai longe a madrugada fria,
Nas ruas solitárias da cidade.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008


Saudades
Gracinda Calado

Quando te vi pela primeira vez,
Nunca pensei em te querer assim,
Olhei teus olhos lindos e brilhantes,
Chamou minha atenção a tua tez.

Naquele baile, a nossa canção,
Teu olhar de mim não se afastava,
Ao entregar-me toda para dançar,
Senti bater forte o teu coração.

A música tocou mais uma vez,
Boleros e canções no ritmo lento
Tudo parecia com nós dois,
Até no dia de nosso casamento.

Ninguém amou assim como te amei,
O céu ligou tua alma na minha,
Duas almas gêmeas renasceram,
Naquele dia de rei e de rainha.

O MITO DA CAVERNA


O MITO DA CAVERNA
Gracinda Calado

Aqui não há lugar, nem luz,
Só uma sombra escura vejo,
Meus olhos estão embotados,
Meu corpo estático como a cruz.

Pessoas passam como sombras,
Não há nenhum sinal de luz,
No fundo escuro da caverna,
Quero encontrar-me com Jesus.

Aqui, não me alimento de solidão,
Procuro ser forte a todo instante,
Tento entender o que se passa
Dentro da sombra, nessa escuridão.

Vejo pessoas amordaçadas,
Crianças famintas, humilhadas,
Velhos tristes e perseguidos,
Mulheres sofrem, maltratadas.

Uma réstia de luz incandescente,
Iluminou a porta da caverna,
Alguns correram para ver a luz,
Outros ficaram dentro do buraco.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

MONÓLOGO: CASTELO DOS MEUS SONHOS


MONÓLOGO
CASTELO DOS MEUS SONHOS


Gracinda Calado

“Era um castelo encantado.”

Estou aqui pra ti ver, falar contigo,
Sentir o teu cheiro forte de passado,
Desarrumar teus baús e no fundo encontrar meus tesouros.
Não sei por que estou a ti falar em tom severo, se depois de tantos anos,
De separação eu te deixei?
A minha alma até hoje sente a tua falta;
Teus segredos, teus carinhos, nunca me esqueceram.
Aqui nesse castelo os dias já foram de alegria.
Talvez, não sei, de tristezas também.
Do outro lado da rua ficava a casa do meu bem.
Todas às tardes ficava na janela para me ver passar.
Às vezes mandava bilhetinhos pela moça da varanda ao lado.
Morria de vontade de ir até lá falar-lhe qualquer coisa!
Tu és a testemunha fiel de que fui fiel ao seu apelo.
De repente eu estava apaixonada e ele também.
Lembro-me do meu primeiro poema, foi pra ele, e ele ficou todo prosa!
Aí veio a resposta, não gostei! Sabes por quê? Estava muito apaixonado!
Não acreditei.
Tuas paredes não mudaram, são fortes e seguras, nem o vento derrubou!
Na minha vida tudo mudou, estou só, sem amor, sem ninguém.
Não esqueça de guardar os meus segredos no castelo de meu bem!

O CAMINHO DOS SONHOS


O CAMINHO DOS SONHOS
Gracinda Calado

Quando um amor acontece
Nas caladas da noite da alma,
Um cantador dedilha uma viola,
Canta o que vai dentro do peito.

As canções são mágicos chorões,
São orações, lindas canções.
As estrelas são jóias musicais,
O clarão da noite melodias.

O luar manto sagrado de ilusões,
Alma de seresteiro é uma prece,
Nos acordes doces do seu violão,
Seus pensamentos são as trovas,
Suas rimas são meras situações.

Quando um grande amor fenece
Tudo fica triste a alma padece,
O dia fica triste, infeliz sem amor,
O céu já não é mais tão azul,
As estrelas já perderam a cor.

Vivo escutando o seresteiro,
Nas lindas noites de luar,
Enquanto toca a sua viola,
Parece que a alma chora,
No seu triste jeito de cantar.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

DORALICE


DORALICE
Gracinda Calado

Uma jóia de mulher. Inteligente, sábia e tem muito de filósofa.
Sua idade, não diz a ninguém.
Foi secretária de meu Pai quando morava em Baturité no serviço militar, nos anos 40. Gosta muito de ler lindos romances. A ultima vez que estive com ela disse-me que catalogou 1000 romances, e o mais curioso é que ela sabe e se lembra de quase todos com os títulos e os autores.
Doralice é uma figura fantástica! Ela merece uma homenagem pela pessoa boa, educada e inteligente, razão porque recebeu do comando do Exército no Ceará uma comenda e diploma pelos serviços prestados à comunidade de Baturité auxiliando no serviço militar durante 20 anos.

Meu pai era chefe do serviço militar do interior, com sede em Baturité, e ela funcionária da prefeitura, escriturária. Meu pai pediu ao prefeito da época, lá pelos anos 47/48, uma funcionária, com ordem do Comandante do Exercito, para ajudar no alistamento militar do município, que os trabalhos cada vez se acumulavam por causa dos acontecimentos da 2ª guerra. O escritório da regional militar funcionava no prédio da prefeitura, ao lado do gabinete do prefeito. Para satisfação de todos, a escolhida foi Doralice, pelo desempenho de suas funções naquela prefeitura. A secretária “Dora”, como era carinhosamente chamada foi professora, alfabetizadora da qual se orgulhava muito.
A caligrafia de “Dora” era perfeita, linda, parecia um desenho.
Seus relatórios eram impecáveis, sem erros, sem rasuras.
Doralice é uma figura rara na cidade de Baturité onde nasceu e vive até hoje, sozinha, depois de perder três irmãs mais velhas.
A minha querida Dora deixo nesse artigo a minha homenagem e o meu abraço sincero de amizade, e muito amor. Meus pais já não mais existem e se fosse o contrário tenho a certeza que eles a abraçariam com o mesmo ardor que eu a abraço agora. Beijos minha querida Dora.

A CULPA FOI DO VENTO
Gracinda Calado

Em uma noite de verão, soprava o vento sul.
A noite abriu suas asas negras como pássaro,
No leito enorme da praia, sob o céu azul,
Um corpo rolava pela areia da praia escura.

De repente um vendaval estranho cobriu tudo,
Uma nuvem de poeira cósmica caiu do céu,
Cobriu o corpo dos amantes das estrelas,
Com suas grandes asas azuis de cristal.

O ronco do vento passou como um tufão,
Arrastando tudo em sua frente para o mar,
Sem pedir licença, sem aviso e sem perdão,
Na calada da noite escura de sonhar.

Do mar saíram grandes dragões e sereias
A força do vento não parava de crescer,
E a noite foi ficando cada vez mais perigosa,
E o mar venceu seu casamento com as areias.

A culpa foi do vento que não esperou o amor,
Correr atrás de quem só geme a dor e chora
A dor de ser sozinho no turbilhão da noite escura
Com medo da maldição da noite escura, se apavora.

A culpa foi do vento que chegou como vendaval,
Não ficaram praia, nem areias brancas reluzentes;
O céu tomou seu rumo, foi ao encontro das estrelas,
O mar sumiu com suas lindas ondas de cristal.

domingo, 7 de setembro de 2008


INDEPENDENCIA OU MORTE!
Gracinda Calado

Em outros tempos dominados pela ditadura militar, os desfiles criavam alma nas ruas das cidades. Eram militares e estudantes disputando o espaço público em todos os lugares. Bandeiras e coloridos verde- amarelos dominavam o corpo das grandes avenidas acompanhados de interessantes dobrados.
Os pelotões puxavam seus contingentes e a marcha criava raízes no chão desse país.
Lembro-me dos desfiles que participei em pleno sol das 11: h00,no dia 7 de setembro, o suor escorria em todo o corpo e ninguém reclamava o ‘mal estar’.
O que fizeram com as lembranças daqueles jovens que dedicavam suas vidas pela pátria! A noção de patriotismo era muito forte e alimentada pelas forças armadas como se fossemos nos preparar para alguma guerra em defesa de nossa pátria.
Hoje, calam-se as bandas de músicas, mudam-se as cores para vermelho ou branco, os jovens não sabem porquê o dia da Pátria é 7 de Setembro! Fecham-se as portas das escolas, emudecem os hinos e a independência ou morte só existe nas favelas nos tiroteios dos traficantes, atrelados até os dentes de armas e poderosas munições.
Quem fez tudo isso com nosso povo? O que fazem agora com a nova juventude?
O que fazemos nós com nossos votos? Estou cansada de votar errado. Não sei se por não saber ou por não ter em quem votar!
Enquanto isso imploramos por independência e não a morte.

PARIS É UM SONHO


PARIS É UM SONHO
Gracinda Calado


O sonho de conhecer Paris é tão grande que às vezes acordada vejo-a nos meus pensamentos.
Imagino uma grande coroa de luzes coloridas em cada esquina a brilhar a noite inteira.
Pessoas que vão e vêm sem dar satisfação a ninguém; vestem-se elegantemente com o charme daquelas roupas de frio como se estivessem em uma grande passarela.
As boates e os cassinos cheios onde a diversão é uma devoção nas noitadas da cidade luz.
Casais de namorados passeiam, braços dados, agarradinhos depois de três ou quatro vinhos nos bares da margem do rio Louvre.
Músicas se espalham por toda a cidade das luzes e seus letreiros piscam a noite toda. Os boêmios enfrentam o burburim das ruas e vão em busca de realçar seus sonhos quase verdadeiros nos braços das mulheres e nos copos de bebidas quentes.
A noite é uma crianças enquanto o sol não chega para acabar com as brincadeiras.
Em noite de Natal a impressão que se tem é que o céu caiu com todas as estrelas no chão! O manto multicolorido se estende por toda a cidade fazendo em cada coração uma festa.
O perfume se eternizou em Paris pelas fábricas de essências mais poderosas do mundo. O vento frio da noite faz com que as pessoas estejam sempre acompanhadas, nos bares, nas tabernas, nos grandes cafés, nas chocolatarias, nos clubes e em todos os lugares.
O bom gosto das pessoas em usar jóias e sapatos finos é uma marca registrada dos franceses, como também beber um bom vinho da safra francesa.
Um dia irei à Paris e realizarei o meu grande sonho!

sábado, 6 de setembro de 2008

Atenção!

O texto abaixo "Debaixo de tuas mangueiras..." tem erro.
Corrigir a leitura no inicio como: "íamos todos passear".Obrigada!

NÃO QUERO ME APEGAR AO PASSADO


NÃO QUERO ME APEGAR AO PASSADO

Gracinda Calado

Muito distante de mim as recordações do passado que me apavoram e me entristecem o coração.
Apesar da feliz infância, morro de tristeza ao falar do passado.
Como conviver com sombras que vagueiam embotando tudo a todo o momento?
O exercício é muito grande e o efeito é muito bom.
As sombras passam como pequenos e ligeiros sonhos, que se desfazem mais rápidos ainda.
Mania de querer o impossível, inatingível na vida que tudo grava e memoriza na lembrança como um grande cérebro de computador.
Vou deletando tudo que a mim não convém.
Passo há viver o dia a dia projetando um futuro que não muito longe seria alcançável; fico embevecida nesse projeto o dia todo.
Mergulho na leitura e literatura moderna e nela bebo e como o desfrutar de todas as sabedorias.
Penso o futuro como um projetar de imensas cores, arco-íris de ilusões e magias.
Meu corpo é forte nesse instante ao pensar em viagens, excursões e passeios.
Durmo e sonho com uma vida que tem minhas experiências e minhas marcas.
Vez ou outra volta o fantasma do passado dominando tudo.
Aproveito dele o que de bom ficou e volto a dormir tranqüila no meu travesseiro de perfumes e aceitações.
Ó quanta coisa tenho para dar ainda!
Quantos sonhos que eu não sonhei e não vivi!
Procuro no meu viver diário um sentido para minha vida e na oração um pouco de sossego.
Meu coração não é vazio. O amor domina tudo quando a alma não é mesquinha.

DEBAIXO DAS TUAS MANGUEIRAS
Gracinda Calado

Aos domingos íamos todos passearem no sitio.
O rio Pacoti lavava suas terras e deixava-as férteis.
Nosso passeio começava na invasão das fruteiras que desafiavam nossa curiosidade.
As goiabeiras carregadinhas de frutos e de flores deixavam um perfume no ar.
As siriguelas vermelhas eram convites à loucura e o exagero as gulodices. Enfrentávamos aqueles manjares dos deuses logo de manhã, bem o sol não havia ainda esquentado a terra.
Aquele chão abençoado era mágico, para onde se olhava era um convite à sedução.
Debaixo das mangueiras fazíamos projetos e contávamos histórias mirabolantes, que só nós ainda adolescentes acreditávamos.
Aos poucos o som de algumas mangas que caiam no chão nos despertava da emoção de um bom enredo de nossas histórias. Corríamos todos para pegar aquelas frutas doces caídas do pé.
Às vezes deixávamos levar pelo fascínio do ambiente e deitávamos debaixo das frondosas árvores usufruindo suas sombras.
Sonhávamos com coisas encantadas, lugares mágicos e indescritíveis, ao mesmo tempo em que nos deixávamos levar pelas nossas emoções e chorávamos quando alguém vinha em nossa direção e nos levar de volta para casa.
Sofríamos na despedida daquelas mangueiras frondosas encantadas para todos nós.
O dia era uma primavera em flor em nossos corações juvenis.
“ À sombra de tuas mangueiras éramos muito felizes”.
DEBAIXO DAS TUAS MANGUEIRAS
Gracinda Calado

Aos domingos íamos todos passearem no sitio.
O rio Pacoti lavava suas terras e deixava-as férteis.
Nosso passeio começava na invasão das fruteiras que desafiavam nossa curiosidade.
As goiabeiras carregadinhas de frutos e de flores deixavam um perfume no ar.
As siriguelas vermelhas eram convites à loucura e o exagero as gulodices. Enfrentávamos aqueles manjares dos deuses logo de manhã, bem o sol não havia ainda esquentado a terra.
Aquele chão abençoado era mágico, para onde se olhava era um convite à sedução.
Debaixo das mangueiras fazíamos projetos e contávamos histórias mirabolantes, que só nós ainda adolescentes acreditávamos.
Aos poucos o som de algumas mangas que caiam no chão nos despertava da emoção de um bom enredo de nossas histórias. Corríamos todos para pegar aquelas frutas doces caídas do pé.
Às vezes deixávamos levar pelo fascínio do ambiente e deitávamos debaixo das frondosas árvores usufruindo suas sombras.
Sonhávamos com coisas encantadas, lugares mágicos e indescritíveis, ao mesmo tempo em que nos deixávamos levar pelas nossas emoções e chorávamos quando alguém vinha em nossa direção e nos levar de volta para casa.
Sofríamos na despedida daquelas mangueiras frondosas encantadas para todos nós.
O dia era uma primavera em flor em nossos corações juvenis.
“ À sombra de tuas mangueiras éramos muito felizes”.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

FILHO PPRÓDIGO EM ORAÇÃO


FILHO PRÓDIGO EM ORAÇÃO

Gracinda Calado

Quando na solidão me encontrei, senti saudades de ti.
Meu peito sofria com as minhas ingratidões.
Muitas noites chorei pensando em ti, e tu estavas perto.

Nas noites escuras do pecado, caminhei sozinho,
Sem rumo ou direção para as tabernas da cidade das trevas.
Nem o teu nome eu lembrava para não sofrer mais.

Sozinho, abandonado depois de tudo perder, choro o infortúnio.
Meus pés não sabem mais caminhar, não encontro chão,
Minha casa é um buraco sem cômodos decentes pra viver.

Seduziste-me Senhor, e eu me deixei seduzir depois de te fazer sofrer,
Todos zombam de mim, pois não tenho lar nem pão, só solidão,
Em vão me desespero ao pensar em ti e no teu amor por mim.

Agora peço o teu perdão, o teu auxilio o teu carinho,
Ajuda-me a enfrentar sozinho o desafio do mundo vil,
Ajuda-me a lavar a minha alma da lama do pecado.

Maldito o dia que nasci assim e minha mãe me deu a luz.
Maldito os meus dias de confusão e desordens sem ti,
Agora volto a ti com o coração e peito aberto para te amar.

Estou perdidamente apaixonado por ti e por meu Deus,
Bendito os dias que sofri e te esperei na ânsia de falar-te,
Bendito és por perdoar um infeliz do mundo pecador!

ENQUANTO O SOL NÃO VEM


ENQUANTO O SOL NÃO VEM
Gracinda Calado

Anoitece na minha cidade!
Pouco a pouco tudo se tornará tranqüilidade.
O bosque exibe suas árvores carregadas de flores da primavera, exalam um perfume maravilhoso. Aproveito tudo e caminho até minha casa.
Serena, volto ao lar depois de um dia de trabalho.
Depois da ceia noturna leio um livro, e releio os sonetos de Camões. Encho-me de belezas literárias e vou dormir.
São 3 horas da madrugada. Acordo, sem nenhum motivo vou à janela e olho a rua.
A noite está morna, sem nenhuma brisa para refrescar a madrugada que se aproxima.
O conjunto de luzes acesas dos apartamentos, parece uma chuva de estrelas no ar.
Aos poucos algumas janelas se abrem e as luzes se apagam.
Por uma faixa de visão, avisto o mar distante, sinto que a manhã já está chegando, lenta e calma.
No céu umas nuvens escuras ameaçam transformar a paisagem da janela.
Devagarzinho as ruas acordam, enquanto o sol derrama uma luz clara sobre a cidade sonolenta. Preguiçosamente os coletivos se arrastam pela avenida principal do bairro e os trabalhadores do dia correm para pegar suas conduções. Os vigilantes da noite voltam para casa sonolentos e cansados.
Amanhece e a luz do sol agora intensa cobre toda a cidade.
Foi-se embora mais uma noite e eu nem notei!

sábado, 30 de agosto de 2008

INCÓGNITA


INCÓGNITA

Gracinda Calado

Minha alma busca o que não vê
E nesse estado sem ninguém saber,
Não descubro o que necessito,
Nem choro o pranto do meu ser.

Coração é casa grande de emoção,
Esconde dentro dele bem querer
Descobre segredos, magias, paixão,
Histórias, lágrimas, alegrias, solidão!

Muitas lágrimas chorei de gratidão por ti,
Muitas flores colhi em teu jardim,
Ao meu amor que cedo foi embora,
Coloquei o fim da minha história.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008


OS VERSOS E REVERSOS DE UMA ALMA

Gracinda Calado

Dentro de mim há uma parte que te gosta,
Outra que te odeia quando dizes que és meu,
Outra ridícula que te escandaliza e chora,
Pelo teu jeito perverso de me amar.

Uma parte te deseja ao tocar tuas mãos,
Na angustia do meu peito uma parte te sorri,
Outra parte se divide em três pedaços,
Entre o ódio, o amor e a ingratidão.

Uma parte me eleva, e a outra me devora,
Uma parte te aceita, a outra te rejeita,
Uma te deseja a morte, outra te aceita e chora.

Na aflição me desconcerta a alma aflita,
A que nega é louca, vulgar e atrevida.
A que aceita é louca, muito louca e grita.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

ATENÇÃO AMIGOS!

QUERIDOS AMIGOS E LEITORES DO MEU BLOG , VERSOS E REVERSOS, ESTOU PREPARANDO O MEU LIVRO DE POEMAS E TEXTOS QUE ESTÃO NESTE BLOG E OUTROS INÉDITOS. ESPERO A ATENÇÃO DE TODOS QUE ME PRESTIGIAM LENDO MEUS POEMA E POESIAS. OBRIGADA!

OFEREÇO A TODOS UM OUTRO BLOG NOVO: MEMÓRIAS DA MINHA TERRA.
O ENDEREÇO É: baturit.blogspot.com
AGRADEÇO DE CORAÇÃO QUEM O VISITAR E CONHECER AS MARAVILHAS DA MINHA TERRA.
QUERIDOS LEITORES DO MEU BLOG:

ESTOU PREPARANDO O MEU LIVRO COM TEXTOS E POEMAS DESTE BLOG E OUTRAS INÉDITAS. ESPERO ATENDER AS EXPECTATIVAS DE TODOS OS MEUS LEITORES.

HOJE ESTOU COM MAIS DE 12.000 VISITANTES.


TENHO OUTRO BLOG QUE É:

MEMÓRIAS DA MINHA TERRA . ENDEREÇO É:www.baturit.blogspot.com

Obrigada pela atenção- Gracinda Calado

quarta-feira, 27 de agosto de 2008


PEIXES E JANGADAS
Gracinda Calado

Fortaleza, a bela desposada pelo sol, recebe as bênçãos de Deus!
Quem nunca viu beleza assim na praia do Mucuripe!
Às seis horas da tarde ao cair da tarde, enquanto a noite não chega o povo comemora a chegada das jangadas.
Velas e veleiros se unem para guardar o peixe que chegou, no samburá e todos correm para comprar.
As pessoas se reúnem para ver o espetáculo ímpar de todos os dias: os peixes fresquinhos ainda pulam com vontade de voltar ao mar.
O panorama da enseada é magnífico, deslumbrante, sensacional!
Jangadas chegando, enrolando as velas, algumas zarpando, outras encharcadas de sal e de mar.
Bendito mar que dá vida aos jangadeiros, homens fortes, pescadores destemidos e sofridos.
Homens que agarram seus veleiros; jangadeiros que dão a vida pelo mar.
Pescadores e marinheiros cúmplices da coragem e obstinação do povo cearense.
Enquanto o mar os espera enchem-se de coragem e enfrentam as ondas bravias dos mares verdes da terra de Iracema.
Grandes guerreiros das tempestades e das ondas gigantes, do sol a pino e das noites frias na linha do horizonte.
De longe a jangada olha o continente e dá sinal aos pescadores exaustos da jornada.
Lá vem a jangada de volta para a praia, chegou o fim do dia!
Volta o jangadeiro com a sua fé em Deus planejando o outro dia de pescar e trazer para a praia o peixe e alimentar a população!

terça-feira, 26 de agosto de 2008



Meu Gato Siamês

Gracinda Calado

Ele chegou devagarzinho, olhos azuis, pêlo marrom claro e branco cheirando a leite, pois devia ter mamado pela ultima vez.
O meu vizinho com pressa para se desfazer dele entregou-me com bastante tristeza.
Em minha casa ele só trouxe alegria.
Foi logo encostando-se nos meus pés e muito desconfiado olhou pra mim com a expressão de carinho.
Esse gato veio para preencher o vazio do meu coração.
Ele me conhece, me chama, me pede comida.
Ele me dá carinho, logo eu respondo seus desejos.
Quando minha primeira netinha viajou para Terezina, fiquei muito saudosa, chorava todos os dias com saudades de Kamille.
Felizmente Kamillinha voltou e se apegou com amor e carinho ao meu querido NINO.
Nino é o seu nome. Ele é manhoso, peludo, e gosta que coce o seu pescoço.
À noite ele dorme num sofá com um forro de feltro de toalha de banho, e um travesseiro.
Todos os dias temos que mudar ‘seu lençol’.
Infelizmente meu gato já tem 15 aninhos a idade da minha netinha, vida de gato não é tão longa!
Este ano comemoramos o seu aniversário, cantamos parabéns pra você.
Todos que o conhecem não dão essa idade para ele, pois ele é viçoso, bonito e seus olhos brilham como um gato novo.
Quando vai ao veterinário ele diz: “Chegou o rapaz velho”, carinhosamente brinca com ele e ele corresponde a brincadeira.
Meu gato é a minha paixão e a minha alegria!

CAMINHANDO NOS SONHOS


CAMINHANDO COM OS SONHOS

Gracinda Calado

Na vida todos nós temos momentos de altos e baixos em nossas relações.
Muitas vezes nos entregamos inteiramente a uma causa boa ou produtiva.
Viajamos nos sonhos quando o amor acontece.
Somos surpreendidas pelas decepções, os medos, as traições, os desencontros.
Sonhamos e nos sonhos depositamos nossos sentimentos de maneira singela, pura, confiável.
Esses sonhos nos dão esperanças de viver, porque neles fazemos a nossa história.
Nossa caminhada no planeta é uma luta constante. Caminhamos com pessoas sempre ao nosso lado, verdadeiros anjos ou demônios.
Muitas vezes erramos, outras acertamos, assim vamos caminhando nos sonhos.
Eles nos dão forças para enfrentar a caminhada do dia a dia.
Quando sonhamos viajamos nas asas do vento, subimos até aos céus, cantamos pra lua, tecemos fios de prata nas estrelas. Viajamos nos pensamentos.
Através dos sonhos, somos deuses e coroamos reis e rainhas em nossos castelos.
Caminhando com os sonhos, damos asas as nossas inspirações, as nossas ilusões e nossas paixões.
O nosso mundo é fantástico, a nossa alma é transparente e translúcida.
O nosso corpo é leve e nossos passos mais sutis.
Voamos como os anjos e fazemos festas para os querubins.
Falamos com Deus e nos sentimos parte da sua criação.
Não sofremos nem sentimos dores na mágica do sonhar!

domingo, 24 de agosto de 2008

MEU ALBUM DE FOTOGRAFIAS


MEU ALBUM DE FOTOGRAFIAS
Gracinda Calado

Marcas do passado são minhas lembranças, ao folhear meu álbum de recordações.
A primeira fotografia diz de uma felicidade que há muito tempo ficou gravada em minha memória.
Meu casamento, com a pessoa que eu mais amava. Com ela construí castelos , fiz planos, tracei projetos.
Vida, vida minha, que desagradáveis surpresas me preparaste!
Como são quimeras os sonhos que sonhei!
No meu álbum de fotografias o nosso retrato de casamento, amarelado pelo tempo, pelo vento...
Páginas guardadas de lembranças e de saudades!
Onde andam meus projetos delineados de amor e traços de desejos e ilusões?
O meu álbum foi guardado e com ele o meu coração de jovem adolescente.
Com vinte anos apenas, me dediquei ao meu amor com todas as forças de minha alma e do meu coração!
Dias após dia sentia medo da traição dessa felicidade.
De repente tudo mudou em minha vida. Meu álbum perdeu a cor, amarelado pelo fatídico caso do desenlace em forma de separação.
Um caso trágico, sem explicação levou para sempre o meu amor, o amor que sempre cultivei em todos os momentos e a ele eu entreguei a minha própria vida.
Olhando o meu álbum de recordações sinto um vazio, um arrepio, uma solidão.
O retrato quase apagado ainda vive em meu coração!

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

LUA EM ECLÍPSE


LUA EM ECLÍPSE

Gracinda Calado

Esperei o eclipse lunar.
Meu coração estava aflito eu não sabia o porquê.
A lua estava mais ansiosa do que eu.
De repente tudo mudou e a lua escureceu...
Escureceu também meu coração.
Fiquei sem visão!
O que aconteceu com a lua?
O eclipse pegou-me de surpresa, afligiu meu coração.
Suspirei, chorei e a lua nem deu atenção!
Na sombra permaneceu calada, fria...
Aos poucos ela foi clareando, voltando ao normal.
Alegrei-me e sorri.
Pensei em desistir olhar a lua.
De repente sua luz brilhou fora do comum,
Uma alegria tomou conta de mim.
O brilho da lua era azul e ofuscava tanto que chorei de emoção.
A rua ficou clara como o dia, o riacho brilhava como folhas de prata ao vento da noite; os animais uniam-se em coito, as aves nos seus ninhos cobriam seus filhotes e se aninhavam esperando a madrugada.
Aquela lua era a lua mais bonita do mundo!
Tão bom tivesse todo dia um eclipse lunar!

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

OS SENTIDOS


OS SENTIDOS
Gracinda Calado

Desde que nascemos somos movidos em grande parte de nossas vidas pelos sentidos.
Através da visão podemos ver as maravilhas que temos em nossa frente como o mar com seu verde esmeralda, o céu ou firmamento com seu azul de anil, as matas, as flores, os pássaros, as pessoas que amamos enfim tudo que se apresenta aos nossos olhos.

O olfato nos proporciona sentir o perfume das flores, as essências mais puras e raras da natureza. Com auxilio deste sentido somos impulsionados a lembrar de momentos que nos marcaram ao sentir o perfume de uma essência qualquer guardada e memorizada em nosso cérebro.

O gosto pelos alimentos responsabiliza o paladar pelos momentos de prazer que sentimos ao saborear um bom vinho, uma suculenta salada, uma boa macarronada e feijoada, identificamos todos os ingredientes que fazem de nossos alimentos um dos prazeres mais exóticos do nosso corpo.

Na audição, conseguimos identificar os mais simples e mais estranhos sons da natureza e do universo. Ela nos traz deleite e nos transporta em momentos de rara calmaria ao ouvir uma boa música. Través dela tem o prazer de ouvir o som da voz das pessoas que amamos, nos comunicamos com mais facilidade com as outras criaturas.

O tato, extraordinariamente é um dos maiores e mais importantes sentidos.
Através dele sentimos, tocamos os corpos e somos capazes de descobrir os objetos que se apresentam ao nosso redor, sentimos suas formas e temperaturas.
Todos os sentidos em grande uníssono foram estabelecidos pela perfeição de Deus ao criar o homem razão da existência do mundo.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

SOPRO DE DEUS


SOPRO DE DEUS

Gracinda Calado

O homem é um ser perfeito criado por Deus para continuar sua obra magnífica.
Como dono do universo, ele quis fazê-lo diferente de corpo e alma para expressar a sua magnitude perante todos os seres criados.
Tudo gira ao seu redor com todas as cores, com todos os perfumes e com todas as suas formas. Ele é o dono de tudo, dotado de sabedoria, de inteligência, de prazeres, de alegrias, de tudo que só a alma sente e a sabedoria pode entender.
A razão, domínio dos seres superiores inteligíveis briga com a fé ou as duas andam juntas nessa empreitada louca de descobertas do homem pelos mistérios do universo e da alma.
Quando a alma sente algo incompreendido ou desconhecido pela razão o ser estremece e pensa sempre um jeito de se livrar ou descobrir as inquietações da alma.
Na sua grande sabedoria dotada por Deus há sempre um caminho, uma solução, um rumo de seguir no seu caminhar.
Deus a suprema perfeição não faria obra sem valor, por isso fez o homem, para no interior da sua razão reconhecê-lo como Onipotente, Onisciente, supremo criador de todas as coisas visíveis e invisíveis.
O homem ser quase completo aos nossos olhos pode ser considerado sopro de Deus na sua grande perfeição. Todos nós fomos incluídos em seus projetos desde a primeira semente Adão, depois Eva a companheira que Ele deu à sua grande obra. Ao sétimo dia ficou maravilhado com o que viu criado, encerrou a criação!

terça-feira, 12 de agosto de 2008

QUEM NA VIDA NÃO AMOU...


QUEM NA VIDA NÃO AMOU NUNCA VIVEU
Gracinda Calado

Quem nunca amou não sabe o que é sofrer,
Quem vive por amor, amou e não viveu,
Quem sofreu na vida por amou, viveu.

São mistérios insondáveis, os mistérios do amor,
São razões que a própria razão desconhece,
E o sentido do amor, é viver sem razão.

Na filosofia do amor, amar é viver,
Amar é sentir a razão da vida dentro de nós,
É experimentar esse tal sentimento e sofrer.

O amor quando nasce deixa rastos profundos,
Quando morre deixa saudades tamanhas,
Deixa lembranças e segredos de outros mundos.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008


VOU FAZER UM LEILÃO
Gracinda Calado

Quem dá mais?
Quem dá mais para um coração quase velho,
Um coração magoado, cheio de rugas esquecido.

Quem dá mais, para o meu coração?
Cansado de tanto sonhar e de tanto amar,
Só bate para chamar atenção.

Quem dá mais para este coração?
Às vezes atrevido, sofrido, angustiado,
Às vezes sofre calado sem explicação.

Quem se atreve querer este coração?
Coração de adulto que pensa como criança,
Às vezes adolescente, ainda guarda esperanças...

Quem quer este coração?
Coração valente, corajoso destemido,
Coração gigante às vezes arrependido.

Vou fazer um leilão,
Quem dá mais pro meu coração?
Aceito qualquer oferta de ocasião;
Quero vender este triste coração!