quarta-feira, 27 de agosto de 2008


PEIXES E JANGADAS
Gracinda Calado

Fortaleza, a bela desposada pelo sol, recebe as bênçãos de Deus!
Quem nunca viu beleza assim na praia do Mucuripe!
Às seis horas da tarde ao cair da tarde, enquanto a noite não chega o povo comemora a chegada das jangadas.
Velas e veleiros se unem para guardar o peixe que chegou, no samburá e todos correm para comprar.
As pessoas se reúnem para ver o espetáculo ímpar de todos os dias: os peixes fresquinhos ainda pulam com vontade de voltar ao mar.
O panorama da enseada é magnífico, deslumbrante, sensacional!
Jangadas chegando, enrolando as velas, algumas zarpando, outras encharcadas de sal e de mar.
Bendito mar que dá vida aos jangadeiros, homens fortes, pescadores destemidos e sofridos.
Homens que agarram seus veleiros; jangadeiros que dão a vida pelo mar.
Pescadores e marinheiros cúmplices da coragem e obstinação do povo cearense.
Enquanto o mar os espera enchem-se de coragem e enfrentam as ondas bravias dos mares verdes da terra de Iracema.
Grandes guerreiros das tempestades e das ondas gigantes, do sol a pino e das noites frias na linha do horizonte.
De longe a jangada olha o continente e dá sinal aos pescadores exaustos da jornada.
Lá vem a jangada de volta para a praia, chegou o fim do dia!
Volta o jangadeiro com a sua fé em Deus planejando o outro dia de pescar e trazer para a praia o peixe e alimentar a população!

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