quinta-feira, 24 de novembro de 2011

O ARCOIRIS DE JANEIRO


Gracinda Calado

Depois da chuva o arco Iris!

No horizonte, por cima das serranias, juntinho do céu, avistava-se o arco Iris. Um verdadeiro festival de cores brilhava no céu encantando a todos que passavam por ali. O sol parecia sair de trás dos montes, era o sinal que a chuva ia embora para longe. O espetáculo se apresentava em várias cores e a mata virgem das florestas enfeitava os caminhos e as íngremes estradas.

A cor do amarelo ouro enfeitava a mata, parecia o sol caindo em distancia infinita em busca do horizonte vasto. O azul confundia-se com o azul do céu em várias cintilações, como as asas das borboletas e das araras que voavam de galho em galho. A cor lilás, o alaranjado, o branco pérola, o carmim, traziam paz para o lugar onde a saudade se avizinhava de outras cores. A mistura inconfundível resplandecia numa magia louca, deixando em nosso peito saudades eternas que a cada hora se multiplicavam naquele lugar.
A beleza natural, o perfume do mato e das flores, o canto dos pássaros, ornamentavam o arco íris num fenômeno espetacular e único! Aos poucos o arco íris foi embora sugando toda a água da chuva e o lugar ficou sombrio e triste.
Meu coração ficou apertado de tanta emoção, enquanto outros se despediam do lugar. O dia estava findo, o céu sereno vestia-se de luto na despedida do sol.
A serração destilava suas primeiras gotas e logo tudo se transformou em névoa fria.
A noite chegou e com ela a solidão do lugar. Amanhã nascerá outro dia e novamente o sol brilhará!

Um comentário:

  1. Que texto lindo!! Nos inspira a leitura dos romances da literatura brasileira. Que saudades!!

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