quarta-feira, 31 de outubro de 2007

SE EU MORRESSE AMANHÃ


SE EU MORRESSE AMANHÃ
( Gracinda Calado)

Levaria as lembranças da minha terra, onde dias felizes eu vivi.
Levaria as alegrias do tempo da mocidade, dos arroubos da juventude esquecidos no tempo. As canções que eu gostava de cantar em noites de luar.
As lembranças de meus pais e meus irmãos, meus amigos mais chegados.
Levaria comigo as saudades das famosas férias de junho no sítio de minha irmã, no alto da serra, onde se ouvia a noitinha o canto das cigarras em desespero no verão.
As lembranças das festas e dos salões enfeitados nas noites de são João.
Ah! Se eu morresse amanhã, levaria comigo todos os conhecimentos que aprendi nos livros e na minha vida.
Levaria as saudades dos meus filhos e a amizade dos amigos verdadeiros de todas as horas.
Acima de tudo levaria a felicidade de ter sido mãe e de ter sentido o aconchego dos meus filhos no meu coração.
Levarei a triste saudade do beijo dos meus netinhos.
Sei que não irei amanhã, pois não completei ainda o ciclo missionário de minha vida.
Não brigarei com o tempo, só peço a Deus que me espere mais um pouco!

AO MEU AMOR

AO MEU AMOR
( Gracinda Calado)

Ao meu amor que hoje faz anos de vida eterna:31 de outubro.

Gostaria de te dizer neste dia que nem tudo está como era antes.
E as saudades a cada dia tomam rumos diferentes.
Os nossos filhos cresceram e tiveram filhos que tu não conheces.

Os nossos netos são lindos, e em cada um vejo-te de perto.
Como é triste uma separação.
O lar perdeu a graça, a cor, somente sombras me perseguem,
Recordações e fotos já antigas, quase apagadas do nosso casamento.

Como tu eras lindo! Eu era muito feliz contigo e não sabia.
O orgulho me fez perder muito tempo ao teu lado,
Feito menina, mimada por ti, sinto tua falta.
O teu cheiro, o teu perfume, a tua voz.

Em minhas orações falo contigo e com Deus,
Que te guarde para sempre seres feliz com ele,
Que teu lugar no céu seja bendito,
E enfeitado de flores brancas e perfumadas.

Agora, meu amor recebe o beijo que sempre te dei,
Guarda contigo, com muito carinho;
E os beijos dos teus netos e filhos,
Que já cresceram, e de ti nunca esqueceram.

Amanhã é aniversário do teu filho, Gualber,
Depois de amanhã é dia de finados,
Quero rezar em tua lousa fria,
E dos meus pais, eu nunca esqueci também.
AO MEU AMOR
( Gracinda Calado)

Ao meu amor que hoje faz anos de vida eterna:31 de outubro.

Gostaria de te dizer neste dia que nem tudo está como era antes.
E as saudades a cada dia tomam rumos diferentes.
Os nossos filhos cresceram e tiveram filhos que tu não conheces.

Os nossos netos são lindos, e em cada um vejo-te de perto.
Como é triste uma separação.
O lar perdeu a graça, a cor, somente sombras me perseguem,
Recordações e fotos já antigas, quase apagadas do nosso casamento.

Como tu eras lindo! Eu era muito feliz contigo e não sabia.
O orgulho me fez perder muito tempo ao teu lado,
Feito menina, mimada por ti, sinto tua falta.
O teu cheiro, o teu perfume, a tua voz.

Em minhas orações falo contigo e com Deus,
Que te guarde para sempre seres feliz com ele,
Que teu lugar no céu seja bendito,
E enfeitado de flores brancas e perfumadas.

Agora, meu amor recebe o beijo que sempre te dei,
Guarda contigo, com muito carinho;
E os beijos dos teus netos e filhos,
Que já cresceram, e de ti nunca esqueceram.

Amanhã é aniversário do teu filho, Gualber,
Depois de amanhã é dia de finados,
Quero rezar em tua lousa fria,
E dos meus pais, eu nunca esqueci também.
AO MEU AMOR
( Gracinda Calado)

Ao meu amor que hoje faz anos de vida eterna:31 de outubro.

Gostaria de te dizer neste dia que nem tudo está como era antes.
E as saudades a cada dia tomam rumos diferentes.
Os nossos filhos cresceram e tiveram filhos que tu não conheces.

Os nossos netos são lindos, e em cada um vejo-te de perto.
Como é triste uma separação.
O lar perdeu a graça, a cor, somente sombras me perseguem,
Recordações e fotos já antigas, quase apagadas do nosso casamento.

Como tu eras lindo! Eu era muito feliz contigo e não sabia.
O orgulho me fez perder muito tempo ao teu lado,
Feito menina, mimada por ti, sinto tua falta.
O teu cheiro, o teu perfume, a tua voz.

Em minhas orações falo contigo e com Deus,
Que te guarde para sempre seres feliz com ele,
Que teu lugar no céu seja bendito,
E enfeitado de flores brancas e perfumadas.

Agora, meu amor recebe o beijo que sempre te dei,
Guarda contigo, com muito carinho;
E os beijos dos teus netos e filhos,
Que já cresceram, e de ti nunca esqueceram.

Amanhã é aniversário do teu filho, Gualber,
Depois de amanhã é dia de finados,
Quero rezar em tua lousa fria,
E dos meus pais, eu nunca esqueci também.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

A FÉ


A FÉ
(Gracinda Calado)

Desde os mais remotos tempos, o homem reconheceu a existência de um deus criador.
Aquele que lhe preparou tudo, que na vida existe com perfeição.
Aplainou os montes, limitou os mares e aos rios deu-lhe o caminho do mar.
Fez o homem corpo inteiro similar à perfeição

A natureza com sua vida própria, toda perfeitinha pelos séculos e séculos.
Porém não esqueceu de colocar dentro do homem sentimentos extraordinários.
Razão, inteligência própria que nenhum outro animal tem igual.
Deu-lhe também um coração para amar e ser feliz.
Para completar essa perfeição, temos que encontrar dentro de nossa alma a fé.

Ela nos impulsiona para além do firmamento, à procura da verdade suprema.
Sem a fé não sentimos o prazer de aproveitar destas maravilhas que Deus nos presenteou.
Sem a fé somos mortos vivos, caminhando sem destino nessa vida.
Com a fé transportamos montanhas, sofrimentos, dificuldades e perigos.

A fé nos eleva , nos santifica e nos faz mais santos, verdadeiros.
A fé faz parte de nossa vida, de nosso destino e de nossa morte!
Sem a fé estamos mortos, porque não acreditamos na vida.
A fé é a confiança magnífica, que somos filhos de Deus!
.

TENHO SAUDADES...
( Gracinda Calado )

Tenho saudade de ti,
Saudade do teu olhar.
Saudade da tua voz,
Do teu jeito de amar,
Do teu jeito de viver
Do teu jeito de falar,

Saudade que faz doer,
Saudade do teu penar,
Saudade do teu perfume,
Saudade de te abraçar.
Saudade que faz sofrer,
Saudade de te beijar.
BANCO DE JARDIM
( Gracinda Calado )

Vi um casal lá na praça
Naquele banco de jardim
Seus corpos abraçados
Trocavam juras de amor.

Parecia que suas vidas,
A ninguém interessava,
Trocavam beijos sem fim,
Enquanto a vida passava.

Ficaram por muito tempo,
Naquele banco, abraçados,
De mãos dadas, apertadas,
E juras de amor trocavam.

Estavam tão juntinhos,
Que a todos faziam inveja
Naquele banco da praça,
Como dois lindos pombinhos.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007


Uma resposta para Gandhi " Como fazer para encontrar a saida
( Gracinda Calado) de buscar no interior a paz?"

"Como fazer para essa busca ter resposta? "

Abrir o coração e a alma, deixar que fluam
os ares do universo em equilíbrio.
Perdoar a quem só na vida , lhe fez mal.
Sentir dentro do peito a energia que do outro emana.

Abraçar, sentir as mágoas do irmão,
E o coração bater junto do seu.!
E no abraço mergulhar fundo, no infinito da alma,
Em busca de alívio e satisfação.

Lavar as pequenas sujeiras que nos cantos ainda moram,
Rever conceitos há muito esquecidos pelo tempo a fora.
Dividir as alegrias, participar dos dissabores.
Voltar seu olhar para o alto, muito além ,
Dos anjos, e para Deus voar seu pensamento!

ALMA DE POETA


ALMA DE POETA

(Gracinda Calado)

O poeta tem duas almas:
A que ri e a que chora.
O poeta não se faz, ele nasce.
Sofre, pensa, sente a dor
Que amargamente dói.

Alma de poeta é triste,
Alma de poeta abandonado;
Seu coração é um sacrário de sentimentos,
Sofre o que vai na alma amargurada,
Sofre o que sai do peito retalhado.

O coração do poeta não tem dono,
É filho da tristeza e da alegria,
A solidão é sua irmã e a alma é gêmea.
Guarda uma dor que não se explica,
Finge sofrer a dor que nunca passa.

O poeta é um sofredor!
Tem coração de amante
Enquanto o peito rasga
A ferida, sangra a sorte,
O poeta canta até a morte.

Dispensa a rima, abarca a lágrima
Que cai vermelha, em sangue.
O coração do poeta é insaciável,
Precisa da dor, da tristeza e solidão,
Para fugir da triste decepção
De amar sem ser amado.

Escravo das palavras e dos sentidos,
O poeta é enganador
Engana a si e a própria dor!
É um sonhador e nunca um perdedor.

Fala o que sente
Diz o que quer
Às vezes mente
Por mulher!

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

MINHA OPINIÃO
( Gracinda Calado )

Na minha opinião, a obra de Graciliano Ramos, “Vidas Secas”, trás ao presente a situação de penúria que vive o nordestino.
Quando chove, fica feliz,sorri à toa, quando seca tudo, arranja forças para superar a solidão do deserto. Muitas vezes abandona sua terra e sai por aí em busca de vida; muda-se para algum lugar onde possa escapar da seca que destrói sua própria alma. Até os animais sofrem com a desolação da falta de água.
A cachorra baleia era testemunha da vida miserável de uma família que foge da desolação, coitada!
“Estava para morrer. Tinha emagrecido, o pêlo caíra-lhe em vários pontos, as costelas avultavam num fundo ósseo, onde manchas escuras supuravam e sangravam cobertas de moscas. Fabiano ( o dono dela ) resolveu matá-la. Foi buscar a espingarda. Num canto do terreiro baleia, se coçava. Espiou o dono, desconfiada saiu e foi se esconder. Fabiano atirou na miserável e o tiro pegou nas suas patas traseiras. Ela corria e chorava alto, mancando em três pés, depois em dois, arrastando-se com dificuldade.Uivava baixinho e os uivos iam diminuindo, quase imperceptíveis. Começou a arquejar. Encostou a cabecinha numa pedra e dormiu. Sonhou com preás, e com crianças brincando com ela. O mundo dela era outro.
A cachorra baleia foi para o céu dos cachorros.”
Tragicamente sentimos pena dela, pobre animal!
Esta história ficou na minha memória desde pequena, para sempre. Sinto que o dono da baleia queria antecipar o seu sofrimento, pois gostava muito dela. Ela era sua companheira de caçadas, era brinquedo dos seus filhos, e guardiã da família toda. Era um animal de estimação.
Por que a cachorra baleia teve esse fim trágico?
A culpa era da seca que castigava a todos até animais, que padeciam por causa dela.
Talvez Fabiano não tivesse intenção de matá-la, porém de um jeito ou de outro ela seria sacrificada, pois a seca devastadora lhe roeria até os ossos. Fabiano apenas apressaria sua morte.
É assim com o nordestino. Pessoas sacrificadas pela sorte, pelo destino, pela morte. A seca expulsa, castiga ou mata...O problema não é de Deus, é dos homens que fazem a nação e nada fazem pelo seu povo sofredor. Nós nordestinos somos abandonados, resignados, conformados...
Maldita seca que castiga nosso chão!

terça-feira, 23 de outubro de 2007

MINHAS MEMÓRIAS


MINHAS MEMÓRIAS
( Gracinda Calado)

Quando eu morrer, quem ficará com minhas memórias,
Quem herdará meus sonhos lindos de criança.

Quando eu morrer quem mostrará minhas histórias,
Quem herdará minhas doces lembranças.

Quando eu morrer, minhas memórias vão se perder,
Ou levarei todas comigo, na alma e na lembrança.

Tenho que presenteá-las logo para alguém,
Alguém que se comprometa de guardá-las.

Todos nós guardamos alguma coisa nessa vida
Algo que para nós foi caro, e emocionante.

Minhas memórias são muitas fotografias,
Mil sonetos guardados e mil poesias.

Quando eu morrer quem levará meus tesouros,
Que guardei da infância e da juventude.

Da vida não se leva nada, só solidão, saudade,
Ou uma doce ilusão do tempo da mocidade.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007


AMOR NÃO TEM PREÇO
( Gracinda Calado )

Amor não se vende
E nem se compra.
Amor é estado de graça,
É semeado ao amanhecer
E morre ao anoitecer.

Amor não se negocia
Porque não tem preço,
Não é mercadoria.
Amor se sente e se vive.
Amor é envolvente
É tranqüilidade é paz.

Ao mesmo tempo vendaval,
É agitado como carnaval.
Amor toma conta de nós,
Sem jeito e sem explicação
Preenche o vazio da alma
Ou derrete o coração.

Amor é dengoso,
É divino,é sobrenatural,
É sentimento manhoso
É paixão angelical.
Amor é vida e é morte,
É destino e é sorte.

domingo, 21 de outubro de 2007

PASSEIO NA SERRA


PASSEIO NA SERRA
( Gracinda Calado )

No casarão do sítio a vista era maravilhosa.!
Enquanto na serra se avistava uma cordilheira de picos, cada qual, mais alto entre os rios da região.
O que a vista alcançava, o verde predominava naquela manhã de verão.
O sítio são Francisco era um paraíso! Na época de safra boa, a cana era levada para o engenho para fazer rapaduras.
Enquanto a garapa escorria no engenho, bebíamos aquela gostosura, mais doce que o mel que saía das caldeiras quentes.
À tardinha íamos apreciar as cachoeiras que caiam em vários lugares, abertos aos que delas quisessem aproveitar o banho maravilhoso!
Muitas surpresas nos guardava o dia a dia lá na serra!.
Pela manhã, o frio não deixava que acordássemos cedinho para ver o sol nascer nos montes enfileirados.
Depois do café, vestíamos nossa roupa de banho e saíamos rumo aos poços de águas cristalinas para o banho.
A volta era triste, no caminho , enfrentávamos as pedras e os espinhos que geralmente só andávamos descalços.
Como era boa essa aventura! Melhor ainda era subir nas goiabeiras e retirar dali o fruto maduro.
Depois as siriguelas, tirados do pé, geladinhas pela própria natureza!
A maior curiosidade era assistir as rapaduras saírem das “ gamelas”, ainda quentes, já queríamos comer.
Corríamos de lá pra cá , na estrada do engenho para ver quem chegava primeiro em casa e se fartar com aquele balaio de frutas fresquinhas: laranjas, bananas, goiabas, siriguelas, tangerinas, abacates.
Uma verdadeira maravilha!
A noite chegava cedo, na serra; alegrava-nos a orquestra improvisada das cigarras, que cantavam fazendo grande barulho para nós.
A serra toda rezava às seis horas das ave-marias, e se ouvia os murmúrios das árvores e dos pássaros, procurando seus ninhos para dormir.
Ficávamos ali, quietinhos, calados sem saber o que dizer, maravilhados com aquele mistério da natureza.
Nossos corações batiam fortes e se uniam a tudo aquilo naquela hora mágica!
Logo chegou a hora de dormir e descansar das aventuras do dia que passou!

sábado, 20 de outubro de 2007


POR UM MOMENTO
(Gracinda Calado )


Por um momento revi velhos conceitos,
Vesti meu vestido de seda,
Coloquei baton vermelho,
Assisti você partir.

Por um momento não me deixei levar
Por velhos preconceitos,
Soltei meus cabelos compridos,
Sem medo de enganar...

Deixei que a marca do sapato,
Não insinuasse o dourado
Que eu calçava com todo gosto,
Nas festas e feriados.

Deixei marcar um sorriso,
Alegre e esfuziante,
Na minha boca vermelha,
Para chamar a atenção.

Depois dancei e cantei,
Só Deus sabe a razão
De encobrir a saudade
Dentro do meu coração.

Ò coração vagabundo,
Que chora, reza e canta,
Solta a tristeza que agora
Domina todo teu ser!

Por um momento me senti gente,
Não tive inveja dos novos,
Senti que eu estava viva,
Vou sorrir novamente.

Em cada instante da vida,
A gente tem “seus momentos,”
De tristezas e fantasias,
Que nos pega de repente!

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

COMO SÃO BELOS OS LIVROS!


COMO SÃO BELOS OS LIVROS!
( Gracinda Calado )

O que mais me encanta e sempre me encantou são “os livros”.
Livros são cheios de vida, pequenos ou grandes, coloridos ou pretos ou brancos, têm os seus mistérios.
Quando eu era pequena sonhava com o inicio das aulas para abrir os meus livros.
O meu livro de leitura era muito especial. Ficava eu a olhar aquela capa enfeitada de borboletas azuis e amarelas, voando em cima das flores e eu até podia sentir o seu cheiro.
Contava todas as páginas e as lia de trás para frente tão grande era minha ansiedade de ver seu final.
Passava assim muitos dias namorando aquele compêndio mágico misterioso, onde dali iriam sair bonitas histórias, de reis e de rainhas, de animais que falavam, parábolas e contos de fada.( A melhor parábola foi a do semeador ).
Aquelas leituras me fascinavam de um certo modo que eu não esquecia de nada que o livro me dizia, não me preocupava com os erros que eu cometesse de ortografia pois a história para mim era a coisa mais importante. Contava história para meus pais e meus irmãos na hora do almoço, na hora do jantar, e misturava o real com a fantasia. Muitas vezes eu mesma não sabia onde havia lido aquela história.
Mergulhava na pequena biblioteca de meu pai á procura de algo novo, de leituras extraordinárias, de devaneios, de fantasias, somente as encontrava nos livros velhos já desbotados pelo tempo, mas eu não me incomodava com isso.
Na biblioteca da escola já no ginásio, tive o privilégio de estudar em colégio de freiras salesianas, lá sim, me alimentei de verdade de tantas leituras.Enchi a alma de prazer.
Muitas vezes me emocionava, chorava, sorria, refletia sobre alguns temas e me transportava para além dos sonhos
Lembro-me que por merecimento de boas notas no boletim mensal, ganhei um livro cujo título era:HOMEM ALGUM É UMA ILHA de Thomas Merton, inquietei-me.
Que maravilha! Que presente sensacional!. Até hoje o tenho guardado.
Concordo com Monteiro Lobato que disse que “ um país se faz com homens e livros”.
Sou professora e aos meus alunos não dispensava de adotar um bom livro de leitura, principalmente de autores brasileiros.
Quem ler envereda por caminhos desconhecidos mas nunca impenetráveis, sonha e vive a realidade que alimenta o sonho, alimenta a alma e fortifica o corpo e o cérebro vazio.
Os livros fazem parte da minha vida, não importa o tempo que levo para devorá-los, abraçá-los, acariciá-los, bebê-los, namorá-los, são meus companheiros inseparáveis.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

POEMA SEM RIMAS

POEMA SEM RIMAS
( Gracinda Calado )

Rajadas de vento
Noites de tempestades,
Palavras ao vento,
Cantigas ao luar,
Olhar de serpente,
Pronto pra atacar,
Canções do cais,
Em noites de luar,
Brisa que sopra
Tua face nua,
Silencio da noite,
Pingos de orvalho
Canção do mar,
Sereno da noite,
Luz das estrelas
Frio da madrugada
Visão do firmamento
Manhã chegando
No meu jardim.
POEMA SEM RIMAS
( Gracinda Calado )

Rajadas de vento
Noites de tempestades,
Palavras ao vento,
Cantigas ao luar,
Olhar de serpente,
Pronto pra atacar,
Canções do cais,
Em noites de luar,
Brisa que sopra
Tua face nua,
Silencio da noite,
Pingos de orvalho
Canção do mar,
Sereno da noite,
Luz das estrelas
Frio da madrugada
Visão do firmamento
Manhã chegando
No meu jardim.

POEMA SEM RIMAS
( Gracinda Calado )

Rajadas de vento
Noites de tempestades,
Palavras ao vento,
Cantigas ao luar,
Olhar de serpente,
Pronto pra atacar,
Canções do cais,
Em noites de luar,
Brisa que sopra
Tua face nua,
Silencio da noite,
Pingos de orvalho
Canção do mar,
Sereno da noite,
Luz das estrelas
Frio da madrugada
Visão do firmamento
Manhã chegando
No meu jardim.

POEMA SEM RIMAS

POEMA SEM RIMAS
( Gracinda Calado )

Rajadas de vento
Noites de tempestades,
Palavras ao vento,
Cantigas ao luar,
Olhar de serpente,
Pronto pra atacar,
Canções do cais,
Em noites de luar,
Brisa que sopra
Tua face nua,
Silencio da noite,
Pingos de orvalho
Canção do mar,
Sereno da noite,
Luz das estrelas
Frio da madrugada
Visão do firmamento
Manhã chegando
No meu jardim.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

FORTALEZA


FORTALEZA
( Gracinda Calado )

Fortaleza cidade formosa, cidade dos mares agitados, e das noites de luar.
Cidade dos mares verdes ao cair da tarde, enquanto o sol declina no horizonte.
Capital do Ceará, terra de Iracema, onde canta a jandaia na palha da carnaúba.
Praias formosas, céu azul, estrelado, onde cantam os menestréis do amor.


Dos mares desta terra, surgem guerreiros, homens fortes em suas jangadas,
Deslizam nas águas quentes da enamorada praia de Iracema de Alencar.
Pulsam corações gigantes em canaviais de açúcar na terra da libertação negreira,
Nas caladas da noite, como fugitivos escravos, nos engenhos de seus senhores.

Cidade da luz e do sol, cidade dos pescadores valentes que vivem em alto mar,
Do banho na praia do futuro, dos forrós e das baladas nas segundas feiras,
Das rendas, do artesanato, das areias coloridas, da praia de Beberibe,
Das caipirinhas, da cachaça branca, das peixadas e dos camarões,
Das lagostas, da mandioca, da rapadura, da paçoca e do “ baião de dois.”

Fortaleza das novenas, das procissões e das festas e orações,
Dos passeios de barco, das peixadas, no cumbuco e Icaraí,
Das noites de lua cheia , das serestas , dos chorinhos e chorões,
Dos acordes sonoros , dos violões, e das festas dos peões.




AOS PROFESSORES
( Gracinda Calado )

Aos professores no seu dia!
Dia de reflexão, de pensar a profissão escolhida.
Dia de festejar com os alunos o dia do amigo de todas as horas, aquele que vive em função do seu próximo mais próximo, de todos os dias..
Nossa missão,( também sou professora) é curar as feridas da alma, é levar luz aos que vivem na escuridão do saber.
Lutar para transformar o cidadão do mundo, com suas paixões, suas opiniões,
suas ideologias; agarra-se ao projeto de um futuro melhor para todos, nesse mundo de incertezas e de grandes mudanças e transformações tecnológicas, científicas, e educacionais.
Quando o desânimo bate ou as tentações são fortes demais, ou vacilamos, tem uma voz que grita mais alto; voltamos para a realidade e nos entregamos novamente à nossa missão de educar, instruir, formar e doar.
Muitas vezes somos pais, professores amigos, analistas, psicólogos, acima de tudo conselheiros e orientadores.
Ser professor é uma experiência fantástica de vida.
Aprendemos a amar, a suportar decepções, ingratidões, aprendemos ser melhores, mais compreensivos, mais alegres e mais felizes.
Aprendemos muito com nossos alunos também. O dia a dia, é um convívio de irmãos, de amigos, não pode ser diferente.
O professor é aquele que fica marcado em nossas vidas para sempre.
É um pedaço de nós mesmos, quando ele doa todo o seu saber, ou partilha conosco sua história, sua própria vida.
Ah! Quem me dera, neste dia homenagear todos os professores com rosas; escolheria as que tivessem os melhores perfumes e as mais fascinantes cores, pra cobrir todos eles.
Com pétalas, faria um enorme tapete para que sua passagem aqui na terra fosse mais amena e mais feliz!

domingo, 14 de outubro de 2007

CONTAS A PRESTAR COM O TEMPO


CONTAS A PRESTAR COM O TEMPO
( Gracinda Calado )

Temos contas a prestar com o tempo.
Em alguns momentos sinto que ele nos rouba alguma coisa preciosa.
Quando acordamos logo pela manhã, tudo nos parece ter escapado de nossas mãos, algo ficou para trás.
Durante todo o dia, corremos olhando o relógio e o tempo a nos roubar preciosos minutos, horas inteiras, até que a noite cai mansamente e com ela caem os nossos projetos para o dia que ainda vem.

Durante toda a noite comungamos com o tempo os nossos sonhos.
Nada nos garante que ganhamos tempo. O bom senso diz que não há tempo a perder.
De repente, já perdemos...
O que fazer com esse tempo perdido, sempre a nos cobrar alguma coisa?
O que fazer com os anos que passaram e nos levaram parte de nosso tempo?
Cobrarei não sei como, mas vou cobrar o tempo que perdi a planejar castelos.

Não posso mais voltar ao tempo!
Mas posso aproveitar o tempo hoje, agora.
O passado já não existe mais, e o futuro se prepara para nos roubar de novo o tempo.
Vivamos agora os nossos momentos de realizações, de felicidades, de amizades, de muito amor, de compreensão, de partilha, de fraternidade, de perdão, de boa ação.

Por que viver assim correndo atrás do tempo,
Se o tempo não se dá conta do seu tempo?
Viajarei no tempo quando eu sentir que no passado tudo é mais seguro,
No passado há lugares conhecidos e desconhecidos.

E o futuro só a Deus pertence e a nossa imaginação alcança.
Ontem eram 20, 30, 40, 50, anos, a vida passou e com ela o tempo que agora cobro. Amanhã, não será mais tempo de cobrar contas do meu tempo, pois o tempo acabou e restará somente a saudade do meu tempo!

sábado, 13 de outubro de 2007

SEGUINDO A TRILHA


SEGUINDO A TRILHA
( Gracinda Calado)

No começo tudo é maravilhoso!
Os primeiros passos seguem livres e sem dificuldades.
A trilha começa entre os cipós e a mata dá sinais de mistérios. Os passos ainda rápidos sobem com desenvoltura os caminhos íngremes de ladeiras e mato fechado ,enquanto o grupo passa na frente visualizando outros caminhos. Lá na frente alguém grita, descobrindo uma clareira. Rastros de animais afloram o nosso medo de caminhar e enfrentar porventura algum perigo.
Seguimos em frente.
Respiramos forte, enquanto o corpo pede água.
Na clareira aproveitamos para refazer as forças e respirar o ar puro da floresta!
Nossos passos são mais fortes no intuito de chegar primeiro. Os que ficam para atrás começam a sentir o que ainda pode vir nessa escalada louca...
O caminho agora segue duas trilhas: batizamo-las de, a do bem e a do mal. Como escolher a trilha verdadeira? Vejamos os sinais! Mata fechada, difícil acesso, enquanto os cipós vão complicando nossa passagem pela trilha escolhida. Galhos de árvores caídos pelo chão, dão a impressão de abandono. Ficou mais difícil agora! O que fazer? Passar por cima da grande árvore ou contorná-la, enfrentando novos desafios...
Alguém senta num canto e pensa. “Vamos cortar a árvore”. Outros não concordam.
Cortar a árvore, contornar a árvore, passar por cima da árvore caída ou .seguir outro caminho e não passar pela árvore?
Enfim escolheram contorná-la. Lá na frente, novas árvores estão caídas, depois de uma noite de tempestade demorada. Novos enfrentamentos, novos riscos , novos caminhos ...
O que agora pesa são as necessidades corporais, as dores musculares, a fome, o frio, os arranhões , os dissabores e o arrependimento dessa aventura.
Vamos em frente, avante camaradas, sem olhar para atrás, que a mata nos espera!
Como verdadeiros soldados enfrentamos novamente os caminhos.
Agora são as pedras e os espinhos!
O que fazer com eles?
Queimemos os espinhos e livramos o caminho...
Rolemos as pedras e o caminho estará livre!
Será que ainda temos fôlego?
Começamos a nos ajudar, segurar uns nos braços dos outros, sentir o desgaste da aventura.
Enquanto andamos calados avistamos coisas lindas, maravilhosas!
Plantas de verde tropical em “ dégradé,” flores que se misturam aos espinhos, milhões de borboletas multicores, milhares de passarinhos fazem festa pra nós, enquanto a água do riacho toca uma canção de amor e vai levando sua sorte para o mar.
Do alto, despenca a cachoeira com sua força bruta, enquanto ficamos ali parados esperando uma solução para as nossas decisões: parar no caminho, seguir em frente, voltar para a cidade, enfrentar novas aventuras, ou desistir?
A escolha é nossa. Qualquer decisão tomada , é nossa a responsabilidade de tomá-la.
Estamos quase no final da jornada, a trilha permanece no lugar, e nós decidiremos como enfrentá-la.
Na nossa vida enfrentamos muitas trilhas, muitos caminhos tortuosos, perigosos. Muitas dificuldades nos aparece de repente, e o que fazer, seguir o caminho , ficar para atrás , enfrentar as dificuldades ou desistir.
É necessário que estejamos fortes para seguirmos em frente, enfrentando as pedras, os espinhos, as dificuldades, em nome da vida e em nome do nosso bem e dos que esperam de nós mais coragem e determinação!

sexta-feira, 12 de outubro de 2007


VIRGEM MORENA
( Gracinda Calado )

Deus tem seus mistérios inquestionáveis.
Quem somos nós pobres mortais para penetrar nos mistérios insondáveis de Deus?
Falo do mistério da encarnação de Jesus.
A mulher que foi escolhida para gerar Jesus, inquestionavelmente era pura.
Mulher de muitas virtudes e de muitos sentimentos nobres.
Maria na sua humildade disse sim ao mensageiro de Deus para aceitar gerar em seu ventre carnal a semente do Cristo que revelou-se a todos nós filho do Altíssimo!
Quem é essa mulher cheia de graças que se desdobra e alimenta em seu seio o corpo do menino que um dia haveria de morrer crucificado no madeiro e espiar nossos pecados?
Maria a donzela, imaculada, venerada pelos cristãos, por ser ela a medianeira das graças que necessitamos.
Hoje homenageamos essa mulher divina, por ser a mãe de Jesus , recebe muitos nomes conforme a crença popular do seu povo.
Nossa Senhora da Conceição Aparecida, foi consagrada pela Igreja Católica como padroeira do Brasil. Sua imagem foi encontrada pelos pescadores no fundo do rio Parnaíba do sul, faltando-lhe a cabeça. Os pescadores jogaram novamente suas redes e a cabeça da imagem veio nas redes de pescaria. Daí em diante o coração do povo brasileiro se encheu de amor pela santa que se chamou Aparecida.
A virgem que emergiu das águas. Sua cor era morena devido ser de madeira e passar muitos anos dentro do rio, supõem os pescadores.
A imagem foi erguida em altar feito pelos negros que nas horas de aflição pediam socorro àquela que veio para amenizar os corações aflitos de seu povo negro.
Nós, católicos como nossos irmãos negros, adotamos também Maria, Nossa Senhora , da Conceição Aparecida nossa mãe e padroeira do Brasil!
Aqui ò mãe, o meu amor, a minha devoção, e o meu carinho a ti pelo dia de hoje e por todos os dias da minha vida,!
Sei que estás sempre ao meu lado nas horas de agonia e de sofrimento. Quero tua bênção mãe querida!

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

A DESCONHECIDA


A DESCONHECIDA
( Gracinda Calado )

Viajei pelas constelações distantes, só para lhe ver.Você não me conhece, mas já ouviu falar muito de mim.
Moro nas estrelas, pertinho da lua e dos planetas.
Sei que você vai gostar muito de mim!

Uma vez nos encontramos ao luar,
Enquanto admirávamos as constelações.
Você estava alegre e nem me prestou atenção!
A noite estava fria e o seu coração também.
Escondi-me pra ninguém me ver, e fui embora.

Quando penso em você sinto muitas saudades;
Logo apresso-me em lhe ver e lhe falar.
Estou aqui agora e ouço seus lamentos.
Não quero ver você triste, meu amor!
Dê um sorriso e vou-me embora.

Não quero ouvir você chorar...
Quero que o mundo pare para lhe fazer feliz!
Será que você ainda lembra o meu nome?
Vou falar baixinho...meu nome é FELICIDADE!

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

AS RUAS DA MINHA CIDADE


AS RUAS DA MINHA CIDADE
( Gracinda Calado )

Para falar das ruas da minha cidade, tenho que respirar fundo, pois as ruas da minha cidade tinham vida!

As ruas da minha cidade já choraram tristes e saudosas serenatas de amor.
Nas ruas da minha cidade piedosas procissões passaram
. Ainda ouço as rezas e cantorias do seu povo, em piedosas romarias.

Em suas longas ladeiras foliões cantavam melodias e enganavam a alegria de saudosos carnavais.
Nas ruas da minha cidade, casais de namorados passearam tranqüilos, soltando beijos pra lua em noites de luar.
Ainda ouço as tristes canções de amor.

As ruas da minha cidade eram calmas e serenas.
Nas madrugadas de inverno, enquanto a chuva fina caía, não se ouvia nenhuma voz, nenhum suspiro, não se ouvia gritaria.
Para enfeitar as ruas da minha cidade, velhos casarões desfilavam, em cores coloniais, enchiam de beleza aquelas ruas tão queridas!

Sinto saudades da minha rua,sinto saudades da minha cidade,!
Tão calma, tão pacata, acolhedora !
Ainda ouço as vozes dos amigos em grandes rodas nas calçadas, das ruas da minha cidade, cheias de evocações e lembranças!

As ruas da minha cidade tinham coisas que em nenhuma outra tinha.
Tinham cheiro, tinham cor, tinham alma, tinham vida, tinham saudades!

terça-feira, 9 de outubro de 2007

ESTILO E POESIA


ESTILO E POESIA
( Gracinda Calado )


Certa vez me perguntaram qual o estilo da minha “ poesia.”

Poesia não se enquadra no estilo, mas na alma.
Como perguntar a alma qual o seu estilo?
Certamente ela dirá: o que sentir, o que levar à tona, do que vem do interior.
Poesia, só sei que tem cor, tem sabor, tem cheiro de verão,
De solidão, de sentimento e paixão.

O que escrevo é o que sinto,
Tenho necessidade de dizer pra quem quiser ouvir ou ler.
O que digo é pra sentir, é pra viajar no tempo.
Poesia é pra fugir das tentações,
das emoções, nunca dos corações.

Poesia casa com fantasia, melodia e agonia.
Poesia é pra sonhar, viajar, sorrir e amar.

A poesia nos faz feliz,
Seja na dor ou na paixão,
Nas batidas de um coração,
Ou na despedida de um grande amor.

Poesia não tem rima, só tem versos,
Poesia é minha vida, minha canção
Minha oração, meu modo de dizer: amor.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007


UM PASSEIO EM NORONHA
(Gracinda Calado)

Para se chegar a Fernando de Noronha, convém saber que só se vai por mar ou de avião.
A viagem de navio é uma aventura maravilhosa!
Ao entrarmos na embarcação somos logo identificados com números de nossa cabine.
Seguem-se as instruções marítimas em casos especiais, ou ocorrências desastrosas em alto mar, como afundamento, ou outros casos fatídicos.
O navio oferece acomodações para 600 ou mais passageiros, com conforto impecável e assistência e atendimento 24horas para todos.
Durante a viagem são oferecidas opções de divertimentos de todos os tipos e gostos, tanto para pessoas da média idade, quanto para jovens ou crianças.
Impressionantes são as vistas costeiras que desfilam em nossos olhos, desde o momento que saímos do cais do porto de Fortaleza. Enquanto o barco singra pelos mares a costa vai desaparecendo, até perdermos tudo de vista.
Em cada porto, como Natal, Recife, deslumbramos ocasiões pitorescas de bordo, enquanto o navio singra pelo mar afora.
Ao chegar próximo à ilha de F. de Noronha, deparamos com um quadro imaginável em que a natureza parece que vem ao nosso encontro, e apreciamos aquele espetáculo maravilhoso entre as ilhas que formam o arquipélago!
O sol aos poucos vai saindo de dentro do mar, precisamente às cinco da manhã. Logo o céu todo se ilumina, e o prateado das águas cristalinas ilumina toda a ilha.
Toda a população do barco se agita em vozes e espanto por aquele momento de especial grandeza.Alguns tiram fotos, outros filmam aquela paisagem de espetacular beleza, enquanto outros ficam ali imóveis a contemplar a natureza no seu virginal despudor gratuito para todos os espectadores curiosos.O barco ancora em longa distancia da costa. De longe apreciamos as belezas naturais da ilha, os rochedos milenares, as embarcações que aportam ou as que vão para a praia. No dia seguinte à nossa chegada, vamos para terra firme conhecer as praias e saborear a moqueca de peixe e o saboroso camarão da ilha.Durante o passeio de lancha percorremos os lugares mais exóticos e incríveis do mar, em torno da ilha, em mar aberto e mar fechado, como a pousada dos golfinhos, que teimam em nos acompanhar na jornada. Enquanto a pequena embarcação pára , para as fotos, é hora do banho e dos mergulhos dos mais audaciosos.A água cristalina nos proporciona visualizar os golfinhos e os grandes peixes que fazem festa para nós. Chegamos na praia e o banho naquela água quentinha, transparente, deleitamo-nos alguns minutos em parceria com o sol forte da ilha. Depois o passeio de bugre pelas estradas e ruas rústicas da ilha de Noronha.Paramos para o almoço, depois as compras de souvenir e outras lembrancinhas. O sol já está desmaiando, quando tomamos um barco e voltamos para o navio que nos espera com uma fantástica festa com artistas consagrados no Brasil e no exterior. A noite promete...Amanhã é outro dia!

domingo, 7 de outubro de 2007

AJUDA-ME A SER FELIZ


AJUDA-ME A SER FELIZ.
( UMA PSICOGRAFIA)
A felicidade, Senhor, chega aos pedaços, sem avisar e se vai inteira, sem adeus, sem se importar com o que faço para retê-la no coração e nunca consigo alcançá-la do modo como eu gostaria.
Por isso, peço-lhe, Jesus, me ajude a ser feliz conforme tua orientação e não conforme meus desejos.
Mostre-me onde está a felicidade e dê-me forças para conquistá-la, diga-me o que devo fazer para ser feliz nesta vida e de que modo devo proceder para afastar o tédio, a tristeza e o desencanto que não deixam meu coração em paz!
Apenas sei que não posso prosseguir assim, entre a luz e a sombra, sem sentir prazer maior no que faço, sem encantar-me com quase nada, sem sorrir, sem experimentar emoções maiores e melhores, sem ser eu mesmo em momento algum!
Pressinto em mim, Jesus, que posso muito mais do que tenho feito, que sou capaz de amar infinitamente, de sorrir e contagiar, de ter e conquistar, de encantar e me encantar, de ser alguém capaz de amar e ser amado e só por isso, dar e receber felicidade.
Preciso de auxílio, de sua mão poderosa para o primeiro passo.
Ajuda-me a ser feliz, Senhor!

Abre o meu coração à simplicidade e a caridade, faz-me dócil ao teu comando, que é sempre o meu melhor bem, e me ampara o entendimento ainda tão frágil!
Mostra-me onde está a felicidade real e desvia meus olhos do poder das fortunas, da tentação dos corpos, do vício das paixões, das artimanhas do consumismo, da ilusão do mundo!
Ampara-me, Jesus amado, para que eu possa experimentar desde já, senão a felicidade que desejo, ao menos a paz e o contentamento que percebo inalteráveis naqueles que te seguem, e que assim o são porque aceitam a felicidade que tu lhes dás! Assim seja!
( Do site humancat.com, uma psicografia .

EU E O EPITÁFIO
(Gracinda Calado)

“ Devia ter amado mais, chorado mais, ter arriscado mais e até errado mais.”
Diz o epitáfio dos Titãs.

Como são belos os dias pra se amar!
Como são doces as horas de cantar!
Como são fortes os que erram,
E não se envergonham de sonhar!

Cada um sabe o que é viver assim,
Entre a culpa e o pecado,
Entre a tristeza e a alegria!
Sem nunca ter amado!

Devia ter ouvido mais, falado mais,
Sonhado menos, trabalhado menos!
Quem nesta vida não se arrependeu?
Só quem na vida já morreu!

O que não fiz por não querer fazer,
Acaso vai me aborrecer ainda...
Agora não, enquanto eu não te esquecer,
Vou me proteger dos meus problemas.

Se eu tivesse aceito tudo como deveria ser,
Não choraria hoje assim,
Só restará tristeza, de não ver o sol nascer!
Chega de sofrer, “o acaso vai me proteger!”

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

ALMA DE POETA


ALMA DE POETA

(Gracinda Calado)

O poeta tem duas almas:
A que ri e a que chora.
O poeta não se faz, ele nasce.
Sofre, pensa, sente a dor
Que amargamente dói.

Alma de poeta é triste,
Alma de poeta abandonado,
Seu coração é um sacrário de sentimentos,
Sofre o que vai na alma amargurada.
Sofre o que sai do peito retalhado.

O coração de poeta não tem dono,
É filho da tristeza e da alegria,
A solidão é sua irmã e a alma é gêmea.
Guarda uma dor que não se explica,
Finge sofrer a dor que nunca passa.

O poeta é um sofredor!
Tem coração de amante
Enquanto o peito rasga
A ferida, sangra a sorte,
O poeta canta até a morte.

Dispensa a rima, abarca a lágrima
Que cai vermelha, em sangue.
O coração do poeta é insaciável,
Precisa da dor, da tristeza e solidão,
Para fugir da triste decepção
De amar sem ser amado.

Escravo das palavras e dos sentidos,
O poeta é enganador
Engana a si e a própria dor!
É um sonhador e nunca um perdedor.

Fala o que sente
Diz o que quer
Às vezes mente
Por mulher!

QUEM É ESTE...
( Gracinda Calado)


Quem é este que reflete o seu rosto no espelho
Das águas cristalinas de um jardim?
Quem é este que outrora passava em minha rua, rosto alegre, animado?
Sorria para a vida sem trejeitos, agitado com a graça da juventude...

Quem é este que a vida esqueceu?
Hoje mora num canto de jardim,
Não vê as flores nem sente seus perfumes...
Este homem não passeia mais pelas ruas animado.
Hoje vaga mal trapilho, esquecido, vagabundo!

Outrora seu peito carregava juventude, hoje seu coração é só saudade!
Seus ombros declinados não suportam as crueldades de uma vida mal vivida.
Curvou-se aos caprichos do destino, pequenino,
Sofre a dor que mora em seu peito derrotado...

Vem amigo! Dê-me sua mão,
Esquece tudo, lave as mágoas do seu coração!
Amanhã é outro dia, feliz verdadeiro!
Não chore os amores perdidos, acabados,
O passado virou cinzas, quimeras, bolhas de sabão!
Levante! Olhe para frente, que o futuro ainda espera!

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

SÃO FRANCISCO DE ASSIS


SÃO FRANCISCO DE ASSIS
(Gracinda calado)

Hoje é dia de são Francisco de Assis!
Hoje é o dia da paz. O dia do meu santo preferido!
O santo que Deus amou tanto que desceu sua mão da cruz para abraçá-lo!
O homem que amou tanto aos pobres que se fez pobre também!
A misericórdia do Senhor tomara-o pela mão e o levara para passear entre os leprosos e as taipas em ruínas.
Como um grande senhor, o sol tinha presidido e iluminado sua marcha para a santidade.
O fogo acompanhara-o de dia e de noite, com sua beleza e força.
A água das cascatas tinha-o encantado tanto com o seu amor e saciado sua sede.
As noites estreladas eram cheias da presença de Deus em sua vida.
A terra dera-lhe as montanhas, para rezar, as covas para dormir, os ventos para embalá-lo e seu seio para produzir seu alimento.
Acima do sol estava seu Deus!
Francisco diante de esplendida beleza natural sentiu uma imensa gratidão para com Deus, o sol, o fogo, a terra, a água, e a noite mais desesperada de sua vida, febre e delírios, o irmão crucificado de Assis deu ao mundo o hino mais otimista e alegre jamais saído do coração humano: “ O cântico do Irmão sol”

O CÃNTICO DO SOL
Altíssimo Onipotente, bom Senhor,
Teus são os louvores, a glória
E a honra e todo bendizer.
A ti somente Altíssimo, são devidos,
E homem algum é digno sequer de nomear-te.

Louvado sejas, meu Senhor,
Com todas as tuas criaturas
Especialmente o senhor irmão sol,
Pois ele é dia e nos ilumina por si.
E ele é belo e radiante, com grande esplendor.
E traz teu sinal, ó Altíssimo!

Louvado sejas , meu Senhor!
Pela irmã lua e as estrelas,
No céu, as formaste luminosas
Preciosas e belas.

Louvado sejas, meu Senhor,
Pelo irmão vento e pelo ar e as nuvens,
E o céu sereno e toda espécie de tempo,
Pelo qual às tuas criaturas dás sustento.
Louvado sejas, meu Senhor,
Pela irmã água,
A qual é muito útil e humilde e preciosa e casta!

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

ANJOS SEM NOME


ANJOS SEM NOME

(Gracinda Calado)


Nos últimos dias desta semana, tenho ouvido pelo rádio e assistido pelas televisões do país, notícias de mães que abandonam seus filhos, logo ao nascer.
Uma jogou o recém-nascido no riacho, outra dentro de um balde, no córrego perto de casa, outra na vala do esgoto da cidade.
Fico pensando como pode o coração de uma mãe suportar tanta crueldade; não pode ser normal se agir assim com tanta frieza e indiferença.
Que motivos tem uma mãe para se livrar de um filho, sendo ela responsável pela vida dessa criatura? Logo pensamos que é por causa da miséria de vida, falta de emprego, tanta coisa grita aos nossos ouvidos nessa hora triste.
Como mãe, penaliza-me o coração daquelas que não sabem o que fazer com a sua própria vida.
Procuro um motivo justo para tão trágico desatino dessas mulheres infelizes...
Eu que experimentei a dor da perda de um filho, aos seis meses de vida, vítima de meningite, que ao olhar aquela criança em meus braços, chorei uma noite inteira, enquanto os médicos diagnosticavam equivocadamente sua doença.
Vinte e quatro horas o abracei no colo sem deixá-lo partir.
A dor que eu sentia vinha de dentro do meu útero, parecia que meu corpo todo se estraçalhava e ardia em febre.
Na placidez e morbidez de seu rostinho sem vida, senti-me impotente sem nada poder fazer para que a vida lhe voltasse e ele pra mim voltasse também.
Chorei, não tinha mais forças pra chorar meu anjo!
Por que hoje choro ainda? Descobri que choro pelas mães miseráveis que jogam seus filhos no lixo, nos córregos, nos esgotos da cidade.
Mães tristes, infelizes, abandonadas pela família e pela sociedade, abandonadas pela própria vida. Que mundo é este que vivemos? Onde estão nossos direitos, principalmente o direito a vida que nos negam? Que bom seria se todos entendessem o que Jesus queria ,”vida em abundancia”, para todos sem distinção!
Não vamos culpar a pobreza por esses desatinos.
O que é mais provável , que a culpa é da falta de amor. O amor que Cristo pregou no Evangelho, amor sem medidas, amor puro e verdadeiro, amor de Deus!
Esses anjos não pertencem a essas mães.
São anjos sem nome, anjos sem asas, anjos azuis, são anjos do céu!

AJUDA-ME SENHOR!




AJUDA-ME SENHOR!
(Gracinda Calado)

Ajuda-me Senhor!
A caminhar pelas veredas da vida com cautela,
A enfrentar dificuldades com tranqüilidade,
A ficar sempre do lado da razão,
A aceitar o que não posso modificar,
A perdoar quem me faz mal,
A ser prudente e amar quem me quer bem!

Preteje-me Senhor!
Dos inimigos que me cercam noite e dia,
Das ciladas do mal e dos perversos,
Dos perigos das ruas,
Das traições, dos invejosos,
Do frio e tempestades,
Da falta de carinho dos amigos,
Da ingratidão e da desonra.

Ajuda-me Senhor!
A buscar dentro do meu coração a justiça,
A solução para todos os problemas,
A manter minha integridade,
A acreditar e viver a esperança em ti
Por toda a minha vida, amém!

terça-feira, 2 de outubro de 2007

ANJO DA NOITE


ANJO DA NOITE!
(Gracinda Calado)

Sou teu anjo da noite!
Busco-te na magia da lua,
Alço vôos altos a te procurar.

Sou teu anjo noturno!
Busco-te na amplidão do céu,
Lá onde as estrelas fazem ninhos.

Minha missão é te encontrar,
Irei buscar-te onde estiveres,
Te levarei para bem longe.!

Vejo-te sempre nas noites de verão
Esbanjando tua luz imensa,
Em tuas asas azuis!.

Vem! Segura aqui a minha mão!
Quero levar-te para o além,
Repousa aqui teu coração!

segunda-feira, 1 de outubro de 2007


ERA UMA VEZ...
( Gracinda Calado)

Uma história sempre começa , “era uma vez.”
.
Uma vez te conheci, uma vez eu te amei, uma vez...
Uma vez eu me casei contigo...
Uma vez tivemos três filhos lindos, sadios,
perfeitos para os nossos olhos.

Porém mais de uma vez me disseste que me amavas.
O nosso amor era lindo, puro, sincero, verdadeiro.

Pensei que nunca mais haveria mais “uma vez.”
Uma vez partiste, foi de repente, tristemente de repente,
Amargamente de repente tua alma voou para o céu.

Fiquei órfã de ti!

Pela ultima vez te vi sumir naquela tarde de repente,
,Mais que de repente.
Tua ausência triste vive a maltratar por tanto tempo!
Por tanto tempo vivo a te esperar, mais uma vez!

Por onde andarás, por onde viverás!
Mais uma vez te espero!
“Era uma vez” uma linda história de amor!
Uma história que um dia teve fim!