quarta-feira, 31 de outubro de 2007

SE EU MORRESSE AMANHÃ


SE EU MORRESSE AMANHÃ
( Gracinda Calado)

Levaria as lembranças da minha terra, onde dias felizes eu vivi.
Levaria as alegrias do tempo da mocidade, dos arroubos da juventude esquecidos no tempo. As canções que eu gostava de cantar em noites de luar.
As lembranças de meus pais e meus irmãos, meus amigos mais chegados.
Levaria comigo as saudades das famosas férias de junho no sítio de minha irmã, no alto da serra, onde se ouvia a noitinha o canto das cigarras em desespero no verão.
As lembranças das festas e dos salões enfeitados nas noites de são João.
Ah! Se eu morresse amanhã, levaria comigo todos os conhecimentos que aprendi nos livros e na minha vida.
Levaria as saudades dos meus filhos e a amizade dos amigos verdadeiros de todas as horas.
Acima de tudo levaria a felicidade de ter sido mãe e de ter sentido o aconchego dos meus filhos no meu coração.
Levarei a triste saudade do beijo dos meus netinhos.
Sei que não irei amanhã, pois não completei ainda o ciclo missionário de minha vida.
Não brigarei com o tempo, só peço a Deus que me espere mais um pouco!

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