ALMA DE POETA
(Gracinda Calado)
O poeta tem duas almas:
A que ri e a que chora.
O poeta não se faz, ele nasce.
Sofre, pensa, sente a dor
Que amargamente dói.
Alma de poeta é triste,
Alma de poeta abandonado,
Seu coração é um sacrário de sentimentos,
Sofre o que vai na alma amargurada.
Sofre o que sai do peito retalhado.
O coração de poeta não tem dono,
É filho da tristeza e da alegria,
A solidão é sua irmã e a alma é gêmea.
Guarda uma dor que não se explica,
Finge sofrer a dor que nunca passa.
O poeta é um sofredor!
Tem coração de amante
Enquanto o peito rasga
A ferida, sangra a sorte,
O poeta canta até a morte.
Dispensa a rima, abarca a lágrima
Que cai vermelha, em sangue.
O coração do poeta é insaciável,
Precisa da dor, da tristeza e solidão,
Para fugir da triste decepção
De amar sem ser amado.
Escravo das palavras e dos sentidos,
O poeta é enganador
Engana a si e a própria dor!
É um sonhador e nunca um perdedor.
Fala o que sente
Diz o que quer
Às vezes mente
Por mulher!
(Gracinda Calado)
O poeta tem duas almas:
A que ri e a que chora.
O poeta não se faz, ele nasce.
Sofre, pensa, sente a dor
Que amargamente dói.
Alma de poeta é triste,
Alma de poeta abandonado,
Seu coração é um sacrário de sentimentos,
Sofre o que vai na alma amargurada.
Sofre o que sai do peito retalhado.
O coração de poeta não tem dono,
É filho da tristeza e da alegria,
A solidão é sua irmã e a alma é gêmea.
Guarda uma dor que não se explica,
Finge sofrer a dor que nunca passa.
O poeta é um sofredor!
Tem coração de amante
Enquanto o peito rasga
A ferida, sangra a sorte,
O poeta canta até a morte.
Dispensa a rima, abarca a lágrima
Que cai vermelha, em sangue.
O coração do poeta é insaciável,
Precisa da dor, da tristeza e solidão,
Para fugir da triste decepção
De amar sem ser amado.
Escravo das palavras e dos sentidos,
O poeta é enganador
Engana a si e a própria dor!
É um sonhador e nunca um perdedor.
Fala o que sente
Diz o que quer
Às vezes mente
Por mulher!
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