domingo, 30 de maio de 2010

CENÁRIOS DE VIDA

CENÁRIOS DE VIDA

(MEUS NETINHOS)

Gracinda Calado


Nossa infância marca um cenário de nossa vida.

Somos crianças ainda pequenas, indefesas, dependentes.

Seguimos os rastros da luz, caminhamos sem destino, sem nada questionar.

Queremos explicações de tudo que nos rodeia, nos incomoda, nos aflige e nos castiga.

Crescemos adolescentes, sem muitas explicações. Só vemos o que nos interessa e só queremos o que não é pra querer, assim dizem nossos pais.

Estudamos, brincamos, corremos, cantamos, a vida é pura alegria, porém de repente tudo fica chato, cinzento, triste, nada queremos. Que cenário esquisito!

Logo seremos adultos, melhorar ou piorar...

Somos adultos: aí tudo se complica. Sabemos de tudo, temos a sabedoria incondicional dos poderosos, dos que marcam suas vidas com a experiência majestosa dos que viveram mais e aprenderam mais.

Temos mais problemas existenciais, sentimentais, culturais, sociais, financeiros, amorosos, de relacionamentos etc.

Em nossa vida vivemos aprendendo e errando, errando e aprendendo, em todos os momentos somos policiados por nós mesmos, pelos outros, pela sociedade que não nos paga nada pra isso. Nossa vida é uma escravidão social, onde o que vale é o que tem mais, onde deveria ser o que ‘é mais e oferece mais’. É o cenário da incoerência.

Quando ficamos idosos, velhos e carentes, somos incompreendidos pelos familiares e pelos amigos somos abandonados. Quem se arrisca a querer ser nosso amigo?
Somos inúteis, incompetentes, desajeitados, doentes, desarrumados, surdos, mudos, só falamos demais...O nosso cenário é de penúria e doçura. Há os que se penalizam de nós, somos velhinhos, engraçadinhos parece que somos anormais...
Questionamos o que vivemos, agora vamos pra onde?
Para o céu dos normais? Já vivemos todos os cenários!

sábado, 22 de maio de 2010

O VENDEDOR DE FLORES


O VENDEDOR DE FLORES
Gracinda Calado

Numa esquina da cidade seguia vendendo,
O jovem vendedor de flores mimosas.
De um lado para o outro oferecia rosas.
Vendia como se fosse a ultima do buquê.

Rosas vermelhas, brancas, azuis, amarelas,
Rosas mimosas, rosas como jóias raras,
Rosas viçosas perfumadas, singelas,
Rosas dos jardins mais lindos do coração.

O vendedor de rosas seguia vendendo,
“Queres uma rosa, é preço de ocasião”,
“Compre moço esta rosa tão formosa!”
“Presente para um feliz e amado coração!”

“Compre moço esta belíssima rosa,”
“Quem sabe para enfeitar outra rosa,”
Aquela que tem alma e coração,
Vermelha como carmim de emoção.

Sai por aí vendendo outras rosas,
Quem as comprará seu perfume?
São rosas- menina, rosas- mulher.
Rosas regadas no pé, são rosas cheirosas!

sábado, 8 de maio de 2010

A MEDIDA DO AMOR



A MEDIDA DO AMOR


Pe. Virgílio,ssp


O amor que Cristo revelou não é um sentimento vazio e indefinido. É a essência da vida, a essência do cristianismo. Mais ainda, é a essência do próprio Deus: “Deus é amor”.


Quando proclamamos que o amor deveria ser posto como base da convivência humana, podendo substituir e dispensar todas as leis, não estamos descambando no ridículo. Apenas estamos afirmando que Deus deveria ser posto como base da convivência humana.


O amor cristão não encobre as injustiças e a violência dos poderosos; ao contrário, revela-as aos olhos de todos, a fim de serem desmascarados. Não resolve as lutas entre as classes sociais com um simples aperto de mão, mas arranca pela raiz as causas que geram as lutas. Não apenas exige o perdão das ofensas, como também postula a conversão do agressor.


As medidas perfeitas do amor cristão foi o próprio Jesus que as estabeleceu: “como eu vos amei”. E até que ponto ele nos amou, bem o sabemos: entregando a própria vida. Amou-nos até a última gota do seu sangue.


Nossos antepassados da antiga aliança não tinham Cristo como modelo de amor. Nós O temos. Está na hora de entrarmos em sintonia com Ele, para finalmente acertarmos as medidas do nosso amor.

terça-feira, 4 de maio de 2010

COMO UMA FOLHA NO AR



COMO UMA FOLHA NO AR.



Gracinda Calado



Seguindo o rumo do vento, a vida segue o destino como uma folha no ar.


Muitas vezes o vento sopra a favor da ‘folha’ levando-a para bem longe, subindo e descendo conforme a força das correntezas.


Às vezes o vento sopra ao contrário e a folha desce, rodopia no ar como um balão sem rumo.


A controvérsia da vida nos leva para longe desfazendo nossos planos, nossos projetos e nossas emoções caem nas depressões infinitas do destino.


Algo nos impulsiona para cima e como uma folha ao vento, segue o seu rumo, nem percebemos que um dia poderemos rodopiar no espaço sem porto para parar.



O que fazer nessa imensidão etérea diante de tanta insegurança e incerteza tomadas pela garantia que nunca cairemos? Uma mão amiga pode nos ajudar nessa corrida maluca que é a vida quando solta no ar como uma folha ao vento nos leva para bem longe.


Só há um caminho: segurar na mão daquele que nos criou e está sempre ao nosso lado para nos amparar e nos mostrar a rota certa do caminhar firme, com os pés no chão.


Nosso Senhor Jesus Cristo é como um barqueiro que nos guia mar a fora seguindo sempre o caminho do vento para além das tempestades.



Nunca devemos nos deixar levar pelas correntes que nos sufocam com seus altos e baixos e nos deixam tontos sem visão para escolher o que é certo para seguirmos caminhando. Acordados e seguros saberemos definir o que de melhor será para nós.

sábado, 1 de maio de 2010

O LIVRO DA VIDA



O LIVRO DA VIDA


Gracinda Calado



No livro da vida, somos donos de nossa história.


Todos os dias escrevemos uma página desse livro, registramos momentos alegres ou tristes, dramas ou comédias, poemas, páginas de grandes emoções ou de saudades que marcam nossa alma para sempre.



Nas páginas desse livro escrevemos esperanças, projetamos grandes realizações futuras, ou realizamos grandes sonhos.



Em nossa história somos responsáveis por tudo que está escrito.


Caminhamos deixando rastros e restos de emoções pelos caminhos, muitas vezes encontramos pessoas que fazem parte de nossa história e nos deixam saudades eternas, visíveis lembranças de nossa mocidade que são páginas folheadas do nosso livro.



Nossa história tem um começo, meio e fim, não é eterna.


As páginas de nosso livro não podem ser em branco, pois a vida registra tudo e tudo pode se transformar em prazer ou tristeza, conforme o que escrevemos em nosso livro.


Nossa história deve ser escrita e lida todos os dias.