quinta-feira, 1 de novembro de 2007


REFLEXÃO.
(Gracinda Calado)

Por momentos parei e de repente veio em minha mente,
As lembranças dos amigos que já se foram.
Não temos mais contatos com eles, no entanto parecem que estão sempre perto de nós.
Atravessaram as montanhas dos sonhos e se foram, sem deixar nem um adeus.
Na minha mente povoam histórias de cada um, e o meu semblante muda.
Os olhos começam a marejar e minha voz embarga.

Cada um teve a sua história:
De amores, de desencontros, de paixões de sofrimentos, de separações, de dores e males incuráveis de solidão, de carinho e de fantasias.
Pessoas que nos eram caras, alçaram vôos infinitos pra não mais voltar.
As saudades ecoam como harpas em descompasso em busca dos sonhos,
em dimensões etéreas, cósmicas, onde nem o nosso pensamento alcança.

A saudade faz reviver imagens embaçadas , sorrisos já sem cor.
O tempo é responsável pelo desgaste de tudo que outrora era beleza.
Não vamos reviver os fantasmas do passado,
mas as lembranças boas daqueles que para nós foram caros.
Já não podemos com eles celebrar a vida.
Assim como eles, nós vamos vivendo a espera desse encontro.
.
Vamos refazer as forças, refugiarmos no nosso interior
e buscar na alma a solidez que precisamos para esse dia.
Vamos viajar nas asas dos sonhos e seguir nossos caminhos.
Atravessar o espaço e seguir o rumo das estrelas para além dos nossos pensamentos e deixar fluir nossa ilusão de céu, onde cantam anjos e querubins, e Deus na porta a nos chamar!

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