sexta-feira, 30 de novembro de 2007

NO SILENCIO DA NOITE DE NATAL


NO SILENCIO DA NOITE DE NATAL

Gracinda Calado

A noite ia chegando e com ela a quietude dos montes rumo a Belém.
A chuva fina que caia e a garoa, cobriam tudo de paz e tranqüilidade!
O ar frio da noite levava José e Maria com o menino no ventre para Belém, onde naquela noite mágica nasceria o Filho de Deus.
José com todos os cuidados de esposo e de pai, protegia sua adorada mulher das intempéries do tempo.

Em certo lugar, ainda subindo as montanhas e descendo em busca de um lugar para pousar, bateu em uma porta pedindo abrigo, pois, Maria entrou em trabalho de parto e logo o choro da criança subiria aos céus.
Entrou em uma hospedaria, lhe negaram hospedagem, bateu em uma porta, enquanto falava: “minha mulher vai ter um filho, precisamos de abrigo”, e a voz respondia: “ não temos lugar”. Novamente em outra porta e assim a noite fria congelava seus pés de tanto andar e pedir abrigo.

Não desistiu e falou em outra porta batendo desesperadamente: A voz soou lá de dentro em alto e bom som: “Não temos vagas, está tudo cheio”. José insistiu dizendo: “ senhor, a noite está fria, minha mulher vai dar a luz e não temos onde descansar”. Novamente a voz respondeu: “temos uma estribaria, lá embaixo, pode se instalar, pelo menos nesta noite.”
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Quem poderia saber que ali, pedindo um lugar pra nascer, seria o Salvador do mundo?
Todos lhe deram as costas, lamentavelmente como fazemos hoje, muitas vezes com Ele.

A noite se findava, mágica, tranqüila, fria, de repente raios de luz cortam os céus num clarão inconfundível, sobrenatural e o Filho de Deus chora dando seu sinal, radiante e divino, naquela estribaria, junto aos animais que lhe davam o calor de suas respirações para aquecê-lo.
Maria e José glorificam ao Senhor naquela hora por toda a humanidade, pois só eles sabiam o segredo de Deus, prostram-se em orações.!
Bem-aventurada mulher, que no seu ventre gerou Jesus, amamentou-o em seu peito e deu o seu carinho!
Bem-aventurada mulher que cheia de graças, trouxe-nos Jesus!
Bem-aventurada mulher que na gruta de Belém pôde sorrir ao ver pela primeira vez o brilho do olhar do seu filho, que um dia choraria de dor na cruz.
Maria a medianeira das graças de Deus, Nossa Senhora, nossa protetora, rainha de Deus.
Nós lhe louvamos pela graça de ser mãe de Jesus, nossa mãe também!

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