domingo, 18 de novembro de 2007


DIÁRIO DE HOJE
Gracinda Calado

Hoje eu acordei ao som de passarinhos na minha janela. Enquanto os rouxinóis cantavam, lindos pardais brincavam de amor.
Antecipei-me para ir à praia e mergulhar naquele mar azul-esverdeado. As ondas estavam calmas como estava meu coração.
Sentei-me na areia fria, ainda pela manhã, enquanto o sol não vinha desmanchar minha graça.
Fiquei ali, apreciando a beleza do mar beijando a areia fina, transparente como a alma do poeta.
O sol começou a mostrar sua cara e de repente eu já estava bronzeada, por inteiro. Olhei as horas e o relógio insistente me avisou que já era hora de voltar.
O que será que vou almoçar hoje? Pensei faminta depois de uma manhã de raros acontecimentos. Tomei meu vinho preferido, “do Porto”, enquanto uma ducha fria esfriava-me os pensamentos.
Depois de uma saborosa peixada, li o jornal, na tranqüilidade do meu lar, enquanto lá fora acontecimentos brutais corriam de ponta a ponta da cidade, crimes e seqüestros, suicídios e assassinatos permeiam as noticias do jornal. Não sei se continuo ou paro de ler aquela sobremesa cruel.
Santo Deus, socorra esta cidade, pensei!
À tardinha, um encontro com meu computador, os e-mails dos amigos, este diário, na esperança de que à noite grandes acontecimentos me esperam: uma noite de luar, uma conversa informal, um encontro com amigos, um livro de boa leitura sugestão de uma amiga, “ Descer da cruz os pobres” e lá se foram os momentos deste dia maravilhoso!Boa noite, meu Jesus, amigo, proteja todos os que estão pelas ruas abandonados pela

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