terça-feira, 30 de setembro de 2008

FIM DE TARDE


FIM DE TARDE
Gracinda Calado

Fim de tarde no horizonte,
O sol despede-se do dia,
Cobrindo todos os montes.

O mar cintila como prata
Como contos de sereia,
Invadindo toda areia.

Últimos raios quase mortos,
Cobrem toda a serrania
Na hora triste da ave- Maria.

Fim de tarde na minha alma,
O céu cobre-se de vermelho,
O mar parece um grande espelho.

Lágrimas rolam no meu rosto,
De saudades e de incertezas,
Enchem meu peito de tristeza.

No fundo azul do mar,
Ondas brincam num balé,
Parecem que vão voar.

Jangadas despedem-se do mar,
Numa linda procissão,
Já é hora de voltar.

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