quinta-feira, 11 de setembro de 2008

O MITO DA CAVERNA


O MITO DA CAVERNA
Gracinda Calado

Aqui não há lugar, nem luz,
Só uma sombra escura vejo,
Meus olhos estão embotados,
Meu corpo estático como a cruz.

Pessoas passam como sombras,
Não há nenhum sinal de luz,
No fundo escuro da caverna,
Quero encontrar-me com Jesus.

Aqui, não me alimento de solidão,
Procuro ser forte a todo instante,
Tento entender o que se passa
Dentro da sombra, nessa escuridão.

Vejo pessoas amordaçadas,
Crianças famintas, humilhadas,
Velhos tristes e perseguidos,
Mulheres sofrem, maltratadas.

Uma réstia de luz incandescente,
Iluminou a porta da caverna,
Alguns correram para ver a luz,
Outros ficaram dentro do buraco.

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