domingo, 28 de setembro de 2008


A MOÇA DA COLINA
Gracinda Calado

Ela morava na colina e todos os dias ia olhar o mar, passear na areia branca da praia.
À noite quando estava tudo calmo ela saía sem medo e sem segredo ia sentar-se nas pedras para olhar a lua.
Conversava com a lua e as estrelas; fazia seus pedidos aos seus deuses e esperava que um dia acontecesse um milagre.
A rotina estava lhe deixando cansada.
Contava as estrelas, sentia o vento soprar nos seus ouvidos, sentia o silencio da noite,
Mas não tinha solidão.
A Moça da colina, certa vez foi olhar o luar e se esqueceu das horas, dormiu e quando acordou era manhã.
O mar estava agitado e quase beijando seus pés.
Ficou ali mais um instante e resolveu passear na praia.
De longe viu algo boiando na quebrada das ondas, entrou no mar e pegou o objeto de sua curiosidade. Era uma garrafa, com uma mensagem, bem lacrada. Abriu a garrafa e leu o que estava escrito.
O autor da mensagem era um alemão. Seu nome era Gerald Fristel.
Tudo indicava que era uma pessoa solitária e desejava casar com uma moça que gostasse do mar e da natureza.
Era marinheiro. A solicitação que fazia era: “quem encontrar esta garrafa escreva pra mim ou telefone para o numero “x”; se for mulher quero conhecê-la para casar.”
A moça da colina não teve duvidas fez tudo direitinho.
Hoje vive com seu marinheiro, na colina e todos os dias eles vão olhar o mar e agradecer a Deus o presente que o mar lhes deu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário