terça-feira, 29 de janeiro de 2008

CARTA DE AMOR (nº 8)


Carta de amor (nº 8)
Gracinda Calado

MEU ADORADO AMOR!

Vai longe o tempo em que nos conhecemos.
O nosso amor era lindo demais para ser verdade. Minha vida era tão boa que fazia inveja a muita gente. Nos conhecemos numa festa de são João, ao lado das fogueiras e dos balões, enquanto fazíamos adivinhações para saber o par perfeito do futuro.
Tudo passou rapidamente e um vazio louco ainda permanece em minha alma perdida.
Os estouros dos fogos lembram-me momentos de muita alegria a teu lado naquela noite memorável. O que fazer quando um amor se vai assim, sem dizer adeus, sem nenhuma palavra? Só o silêncio vai falar por nós dois. O silêncio é o companheiro de muitas horas desde o dia em que me disseste adeus!
Não sei como vou suportar tantas saudades e nem uma explicação sobre esse nosso namoro se acabar assim, sem motivos, sem carta e sem bilhete. Juntos deixamos o amor brotar, criar raízes, depois parece que nada aconteceu? A conformação não tem vez nessa hora. Gostaria de te encontrar para termos aquela conversa que ficou faltando entre nós dois.
Amo-te demais e não sei se vou suportar assim por tanto tempo, meu amor!
Um grande beijo de tua amada.
Vitória

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