domingo, 13 de janeiro de 2008


O ARCO-IRIS
(Gracinda Calado)

Depois da chuva o arco-íris.
No horizonte por cima das serranias, juntinho do céu, avistava-se o arco-íris.
Um verdadeiro festival de cores, brilhando, encantando a todos que passavam.
O sol estava saindo era o sinal que a chuva foi para bem longe; surge o arco de cores no céu.
O espetáculo se apresentava ora verde cor da mata virgem das florestas, ora multicores que enfeitavam os caminhos aos andarilhos das íngremes estradas.
A cor do amarelo ouro, enfeitando as matas, parecia o sol caindo em distancia infinita.
O azul confundia-se com o azul do céu em várias cintilações, como as asas das araras
que voavam nos galhos das árvores, mais altas.
O lilás e o roxo traziam paz para o lugar onde a saudade se avizinhava das outras cores do arco-íris: O lilás, alaranjado, cor de rosa, branco cintilante etc.
A mistura inconfundível das cores tinha uma magia virginal de amores, recordações e saudades que não se explicam naquele lugar.
A beleza natural, o perfume do mato e o canto dos pássaros encerravam aqueles momentos mágicos coloridos. Parece que o arco-íris chegava para beber toda a água da chuva.
Meu coração apertado de tanta emoção não se cansava de olhar para o horizonte.
As saudades dominavam meu peito em alegres recordações da infância.
O dia estava findo, e o céu vestia-se de luto na despedida do sol, entregando à lua sua luz tímida de inverno.
A serração começa destilando suas primeiras gotas cintilantes e logo tudo se transforma em névoa fria.
A noite promete um bom chá e uma cama quente para refazer as energias do dia que passou. Amanhã será outro dia de aventuras!

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