quinta-feira, 27 de dezembro de 2007


O ANO VELHO ESTÁ MORRENDO
Gracinda Calado

O ano passou e passaram as tristezas, as alegrias, as incertezas, as angústias, as inseguranças, tudo que vivemos e convivemos com ele.
Só não passaram: a esperança, a coragem, a serenidade e a vontade de viver.
Com otimismo encontramos forças para resistir a tudo que nos machucou, decepcionou ou torturou intimamente, ou deixou marcas profundas em nossa alma.
Percorremos caminhos, fizemos amigos, deixamos rastos, pegadas, raízes, entre as pessoas que amamos.
Dentro de cada um de nós floresceram alguns sentimentos bons: de fraternidade, solidariedade, justiça, enquanto se fortificaram a esperança do amor e a capacidade de dizer” te amo”, ou “ preciso de ti”.
Fomos crianças ao embalo das manhãs claras a espera de um milagre de vida.
Fomos felizes, enquanto arrancávamos as traças, as poeiras e pequenas sujeiras da alma.
Soubemos conviver com as injustiças e com as ingratidões por parte daqueles que amamos.
O espetáculo do ano que passou, terminou. Tivemos perdas, mas tivemos muitos ganhos, e uma necessidade imensa de repensar a nossa vida.
Fazer balanços de nossas amizades, pesar acontecimentos.
Floresceram em nossas consciências os propósitos de repensar, avaliar, tudo aquilo que não teve acréscimo para o nosso crescimento espiritual e os que acrescentaram algo em nossa convivência com nossos familiares e amigos mais próximos.
Para que a festa que se aproxima, com o ano que vem seja perfeita, esqueçamos os dissabores, as mágoas do passado e tudo aquilo que nos incomoda.
Que o raiar de novo ano nos traga a certeza de que seremos muito felizes e o ano seja pleno de realizações.
Saibamos usar nossa inteligência a serviço do bem e da felicidade de todos os que nos rodeiam, assim seremos felizes também.
Usaremos nossas falhas para corrigir os erros que acarretaram tristezas e dissabores ao nosso próximo.
Seguiremos então o caminho, recomeçando, descobrindo, aprendendo a ser feliz e fazer alguém também feliz, com coragem, força e compreensão.

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