sexta-feira, 20 de julho de 2007

CHUVA QUE CAI NA ALMA


Seis horas da manhã tristonha.
Lá fora a chuva cai serena,
Do outro lado da vidraça
Lágrimas escorrem com vergonha.

Na rua ainda escura passa
Um vendaval de uivos e gemidos.
No coração do anjo atormentado
Passa a saudade de um amor perdido.

Distante vejo o sol que surge
Preguiçosamente descontente.
Onde ficaram os amores dessa noite,
Tragados pelo açoite da torrente?

Amores antigos já se foram
Levados pela noite tão escura,
Sumiram nas brumas orvalhadas,
Sem carinho, sem beijo e sem ternura.
24/05/2007

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