A CASA VELHA DA PONTE
GRACINDA CALADO
Aos domingos, debaixo das tuas mangueiras juntávamos em roda a brincar, cantar e depois correr até ao rio.
Depois em pulos caíamos no leito do rio a mergulhar e nadar. Com a agilidade da juventude, subíamos na contra-mão para pegar os cajus que teimavam em cair em nosso rosto. Que brincadeira aquela! Maravilhosa!
Nas férias enchíamos a casa de amigos e de primas e desfrutávamos todos os prazeres das brincadeiras de criança: pega-pega, dança de roda, o anel, esconde-esconde, jogo de pedras, jogos de bola, teatrinho e sem lá o que, a gente inventava, como comidinhas feitas em panelinhas de barro desfalcando os pratos do almoço preparado pela Maria.
Casa velha da ponte, das noites de lua cheia, dos coaxás dos sapos, dos ruídos dos grilos, das borboletas nas trepadeiras e nas acácias...
Casa velha do cheiro de doce de leite que a minha mãe fazia, dos bolos pés-de-moleques das comidas gostosas aos domingos, do cheiro de rapadura, das cocadas e dos beijus, das tapiocas e das frutas doces colhidas pelo meu pai.
Casa velha dos dias de chuva, dos trovões, das enxurradas, das enchentes do rio, das correntezas,do barulho das pedras rolando de rio abaixo...
Casa velha dos jardins de minha mãe, das roseiras perfumadas, dos jasmins, das margaridas, das adálias e das palmeiras...
Nossa casa era um abrigo de amor e de ternura.Hoje não existe mais, só na saudade de seus filhos queridos que não a esquecem jamais.
GRACINDA CALADO
Aos domingos, debaixo das tuas mangueiras juntávamos em roda a brincar, cantar e depois correr até ao rio.
Depois em pulos caíamos no leito do rio a mergulhar e nadar. Com a agilidade da juventude, subíamos na contra-mão para pegar os cajus que teimavam em cair em nosso rosto. Que brincadeira aquela! Maravilhosa!
Nas férias enchíamos a casa de amigos e de primas e desfrutávamos todos os prazeres das brincadeiras de criança: pega-pega, dança de roda, o anel, esconde-esconde, jogo de pedras, jogos de bola, teatrinho e sem lá o que, a gente inventava, como comidinhas feitas em panelinhas de barro desfalcando os pratos do almoço preparado pela Maria.
Casa velha da ponte, das noites de lua cheia, dos coaxás dos sapos, dos ruídos dos grilos, das borboletas nas trepadeiras e nas acácias...
Casa velha do cheiro de doce de leite que a minha mãe fazia, dos bolos pés-de-moleques das comidas gostosas aos domingos, do cheiro de rapadura, das cocadas e dos beijus, das tapiocas e das frutas doces colhidas pelo meu pai.
Casa velha dos dias de chuva, dos trovões, das enxurradas, das enchentes do rio, das correntezas,do barulho das pedras rolando de rio abaixo...
Casa velha dos jardins de minha mãe, das roseiras perfumadas, dos jasmins, das margaridas, das adálias e das palmeiras...
Nossa casa era um abrigo de amor e de ternura.Hoje não existe mais, só na saudade de seus filhos queridos que não a esquecem jamais.
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