quarta-feira, 11 de março de 2009

QUANDO A NOITE CAI


QUANDO A NOITE CAI

Gracinda Calado

Tudo fica calmo quando a noite chega com os últimos raios do sol por sobre os montes serpenteando a cordilheira.
Um ponto luminoso se avista ao longe se despedindo da terra, o sol.
Anoitece na minha cidade e nela muitos adormecem e sonham com belos “amanheceres”.
Nos seus sonhos mil fantasias, mil alegrias enfeitam seus “ sonhares”.
Nos becos e nas vielas acontecimentos estranhos, encontros e desencontros acontecem marcando a solidão da noite escura.
Nos salões suntuosos luzes se ascendem esbanjando “festejares” solenes.
Desfilam entre sedas e cetins mulheres lindas enfeitadas de cores e de brilhos, simulando uma felicidade falsa e passageira.
Nas ruas e nos botecos, homens procuram alento num copo de vinho ou de cerveja para esquecerem as desilusões de um grande amor do passado ou de um novo e furtivo caso amoroso.
Sinais de encantamento no crepitar das luzes emocionam os transeuntes noturnos nas praças e nas ruas principais da cidade.
Um coração chora a falta de uma boa companhia na noite que tem tudo para ser feliz.
Uma canção se ouve ao longe para amenizar a solidão de alguém que ama a noite e faz dela seu momento preferido.
Quando a noite cai, muitos corações caem com ela na depressão do dia exaustivo que passou na esperança de que a noite traga alento para suas frustrações.
Poetas e apaixonados pela vida aproveitam para saborear os versos e os reversos da inspiração noturna que se faz presente em seus corações.

Nenhum comentário:

Postar um comentário