quarta-feira, 18 de março de 2009

JULGAMENTO

JULGAMENTO

Gracinda Calado


Julgar é agredir alguém no mais intimo do ser humano.
Nosso ser misterioso e divino é campo minado onde habita Deus e só Ele pode fazer uso
de suas atribuições para julgar o que se passa no seu interior.

Somos corpo e somos alma espiritual, sujeitos a errar e também a perdoar e ser perdoados enquanto a nossa fé crer que a misericórdia divina é perfeição infalível.

Os homens não são designados pelo Criador para serem defensores daquilo que só a Deus pertence e a nós Ele age com a sabedoria infinita.
O que fazemos ou deixamos de fazer somos responsáveis pelos nossos atos e o nosso interior só a Deus pertence o julgamento.

Fico pensando a situação daquela criança que aos nove anos carregava no seio dois filhos do abuso sexual que incidentemente ou acidentalmente se transformou em um fardo pesado para ela que não sabia o que dentro de si se passava.

Ela só de bonecas e brinquedos entendia, como iria dar à luz nas trevas do desconhecimento de gerar filhos para o mundo, arriscando a sua própria vida?
Os médicos não julgaram, defenderam a vida que corria risco e fizeram o que a medicina aconselhava.
Que Deus julgue, pois nós não somos sabedores de julgar caso tão delicado como este.

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