sábado, 21 de junho de 2008

AMPLIDÃO DA NOITE


AMPLIDÃO DA NOITE
Gracinda Calado

Ao longe um ponto luminoso.
Raios de luar amenizam a escuridão.
No céu a lua chega devagar se mostrando toda nua.
Os seus raios insinuantes tocam toda a terra.
Um vento misterioso passa e arrasta a névoa que se esconde entre os rochedos.
Noite de tristeza e solidão, na praia solitária dos amores.
As estrelas cintilam docemente como pingos de luzes no infinito.
Assim é a amplidão da noite na minha cidade.
Casais de namorados embriagados de amor passeiam nessa noite fria.
Um apito vem lá do cais anunciando uma partida ou uma chegada.
Um veleiro passa ligeiro como uma borboleta seguindo a rota da luz.
Na amplidão da noite vultos passeiam para sentir a brisa gostosa do mar.
O mar, velho companheiro das solidões noturnas, testemunha fiel dos namorados,
Amantes do silencio da noite e do frescor do vento, silencia.
Horas são passadas na penumbra da lua, esperando a vez primeira de seus amores,
E dos seus encantos e paixões.
Horas são roubadas ao lado dos amores.
Horas são alimentadas de beijos e de desejos ouvindo a música das ondas.
Meia-noite, já é hora de voltar e de dormir.

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