quarta-feira, 26 de setembro de 2007




A ROTINA DA CIDADE
( Gracinda Calado)

Olho a rua deserta.
São 6 horas da manhã do mês de Abril!
Os transeuntes já começam suas rotinas da semana.
Calmamente a cidade volta ao seu normal.
Vejo crianças e meninas que se apressam para a escola, com suas mochilas coloridas e seus sapatos pretos.
Meninos que comentam futebol, torcem pelo time preferido. No jardim as primeiras rosas se abrem para receber os primeiros raios de sol.
Ao longe grita o leiteiro que traz o leite para o café misturar.
São 7 horas, na praça bem em frente a minha casa, onde casais de namorados se apressam, se encontram, se beijam docemente.
O fruteiro grita e oferece as frutas que estão fresquinhas... e o padeiro com seu cesto de pães em cima da bicicleta, encosta na porta da casa, enquanto a patroa vem buscar o pão quentinho!
Do outro lado da rua aparece o carteiro, sorridente, traz com ele novidades, noticias para a donzela, enquanto ela sorri da janela e agradece.
Durante muito tempo fico ali a observar, o que será que vai fazer aquele homem, de meias e calção, passos apressados, enquanto outros passam para o trabalho,com ar de preocupados olhando para o chão?
Cada um tem um destino, uma obrigação.
A rotina desse dia me chamou muito a atenção.
O jardineiro que rega as plantas com cuidado e devoção, tira todos parasitas que tentam destruir a grama verde no chão.
Mais alguns minutos ele rega as flores, as samambaias, as palmeiras, as hortênsias e os miguês.
São 9 horas da manhã e o sol começa a castigar com seu calor enquanto eu fico parada ali a olhar a rotina desse dia e me incomodo com o barulho das buzinas dos carros que passam em disparada.
Fecho a janela e apresso-me para fazer parte daqueles que enfrentam mais um dia de rotina!

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