sábado, 4 de junho de 2011

ONDE ANDARÁ O MEU AMOR?


Gracinda Calado
Uma borboleta branca pousou cansada em minha janela, ficou ali parada, linda transparente, fitava-me como se quisesse dizer alguma coisa.

Em minha mente ela entrara com toda liberdade, como se fizesse parte de mim.

Quem era aquela borboleta?
Senti-me uma borboleta que voa sem rumo para qualquer lugar.

Voei, voei, procurei o meu amor nas flores do jardim, nas águas silenciosas do lago, nas árvores frondosas da colina, na relva verde dos caminhos, nos telhados avermelhados dos casarões...
Caminhei em direção ao sol, procurei-o no reflexo do luar, no espírito das estrelas, beijei as ondas do mar, deixei-me levar pelo vento para te encontrar
Onde andará o meu amor?

Talvez se esconda em alguma estrela, ou nas pétalas de um gira sol, nas asas de um passarinho, na escuridão da noite, na luz do amanhecer...

Quem sabe, na borboleta que veio a minha janela com vontade de falar, de me ver, me chamar, para juntos voar para além do infinito céu azul!
Onde andará o meu amor, que nunca mais quis voltar?
Será que ele se esqueceu do nosso amor, o nosso pacto nupcial?

Deixou o triste adeus no vazio da solidão.

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