quarta-feira, 8 de junho de 2011

DIA MORNO EM MINHA ALMA

Gracinda Calado
Depois de uma manhã triste, sinto-me perdida em meus pensamentos...

A voz do vento suaviza a natureza deixando tudo mais claro e limpo.

Meu coração pulsa rapidamente como se quisesse parar. Foi assim o dia todo.

A tarde é morna. O calor incomoda a alma da gente.

Olho a rua, está deserta como o meu coração, deserto de emoções, de saudades... Cheio de inquietações, ao pensar que deixei para trás tudo o que não tive coragem de realizar no passado

Novos conceitos sobre a vida, sobre o amor, sobre a verdade de Deus, sobre os mistérios do universo, deixei de procurar, de pesquisar, à procura de novas fantasias, novos projetos, novas esperanças, enfim ficou a fé que me sustenta e me embala.
Ouço ao longe um canto de bem-te-vi despedindo-se do dia, enquanto minha alma chora as lembranças de minha terra querida, serpenteando as verdes serras do maciço de Baturité.

O meu coração se aquece meio as emoções e os pensamentos da infância, quando eu tinha ainda meus pais. O que foi plantado em mim, não morrerá nunca!
A tarde morre, despede-se do sol e reverencia a lua que chega calmamente esbanjando sua majestade e beleza.

Anoitece! Na rua os boêmios se encontram para o encontro habitual. Tento sentir a brisa amena e tento conversar com a lua enquanto as estrelas começam a aparecer no céu!
No céu, espero ver alguém que já partiu, alguém que muito amei.

E no encontro com o místico e o irreal, encontro alento para o meu mal!

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