quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

SERRAS E SERRAÇÕES


SERRAS E SERRAÇÕES

Gracinda Calado

Quem dera ver-te sempre verde em teus lugares privilegiados, abençoados por Deus e a natureza!
Quem dera ver-te todos os dias ao som da ave-maria, ouvindo o sino chamando para rezar!
Quando fecho os olhos para dormir, contigo sonho e acordo ao amanhecer olhando teu verde degradê!
Serras dos meus cantares e dos meus pesares da mocidade e da infância as saudades!
Serras das serrações e dos dias frios em nosso corpo franzino, corpo de menino “malino” abusado!
Onde ficaram nossos olhares, nossos lugares enfeitados de flores dos ricões das serrações?
Serras que a nossa vista alcança, durante as andanças, subindo e descendo os fortes caminhos debaixo das serrações!
Nossas serras queridas, perfumadas, enfeitadas de flores, samambaias, papoulas, miosótis, margaridas!
Serras onde o sol se esconde todos os dias à tardinha; de teus ipês dos teus cafés todo coberto de flores.
Vejo de longe teu jeito altaneiro, todo coberto de verde, azul, lilás, amarelo, vermelho de cafés, branco de flores e roxo de seus ipês!

Serras do meu coração de criança e apaixonada por ti!

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