segunda-feira, 12 de novembro de 2012

O HOMEM FOI À LUA


Gracinda Calado

O homem foi à lua.
Quarenta anos de uma aventura sensacional, inigualável para toda a humanidade.
Desvirginou o espaço que era só dela, onde guarda seus mistérios e suas intimidades espaciais.
A mesma lua que todas as noites de “lua cheia ou nova” nos presenteia
com sua luz prateada levando-nos a uma viagem interior.
Lua que nas noites dos enamorados contagia as almas apaixonadas, ouvindo o murmúrio do vento e a canção do mar.
Sua beleza resplandece em todo o universo e a natureza encanta,
pelos apelos lunares e pelo brilho que ofusca os corações humanos.
Nada se compara a tão misterioso planeta, que na terra se avizinha e do sol rouba-lhe a luz e o calor!
Lua de prata e de anil que leva seus cantares a todos os apaixonados, os que não têm medo de amar e serem amados.
Desvirgina com seus encantos a alma de uma mulher, enleva o coração dos homens ao patamar dos místicos e dos sábios.
Misterioso satélite que nas noites de claridade transforma a razão em sonhos, dominados pela beleza do luar.
Amiga daquele que na solidão lhe chama para desabafar seus desejos impossíveis.
Ó lua das noites frias e solitárias, das noites quentes de verão, das noites salpicadas de estrelas, das cantigas de ninar!
Lua que segue os viajantes nas caminhadas noturnas e dos que se perderam nos caminhos da vida.
Lua para sempre será o canto do universo, das nossas saudades e das nossas lembranças.

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