segunda-feira, 15 de outubro de 2012

JANELA ABERTA PARA O CÉU


Gracinda Calado

Abri a janela e olhei para o céu.

As nuvens passavam como tocadas lentamente pelo vento formando torres enormes como lindos castelos medievais. Aos poucos diversas torres tomavam formas de fictícios animais, flores, ondas de marés, rios que corriam lentamente, caras conhecidas, alegorias fantásticas, finalmente de um lindo anjo de asas abertas como se voasse no balanço tranquilo do vento; logo se desfez, e o céu escurecia com um pequeno rastro de luz muito longe.

Naquela hora imaginei mergulhar no céu, depois descer ao mar e voar, fazer o caminho de volta à imaginação e no reverso pousar novamente em minha janela! Fiquei parada, pensado chegar até ao anjo que parecia ainda sorrir para mim. As plumas e algodões como flocos de neve caíam se desprendendo do céu para a terra como beijos de amor!

Oh Noite aquela! Fantasticamente experimentei por alguns segundos os mistérios do céu! Depois a lua calmamente ocupou o espaço na escuridão do céu! As estrelas chegaram timidamente como pequenos pontos luminosos. O vento passava ligeiro levando minha fantasia para longe!



Nenhum comentário:

Postar um comentário