domingo, 29 de agosto de 2010

AMANHECE!

Amanhece !


O sol derrama sobre a cidade os seus primeiros raios de luz.

Sobre os telhados uma cor laranja feito brasas, se avista ao longe, enquanto a cidade ainda dorme e aos poucos vai se espreguiçando para cumprir o ritual do dia.

O clarão da manhã rompe o mistério da noite e transforma a cidade inteira em luz.

O fantástico espetáculo da aurora vai deslizando sobre os montes, emoldurados pelas flores das serranias, em despedida da noite que passou.

Pela janela aberta docemente, vejo pessoas que passam seguindo seus destinos, passos lentos, compassados, como quem não tem pressa de viver.

Na minha rua, flores se abrem nos jardins e perfumam o ar.

Na moldura das cores, dezenas de borboletas livram-se de seus casulos e fogem fartas de desejos em busca de beijos.

O sol, astro rei, traz vida e transforma todas as criaturas.

Os pássaros cantam nos galhos das árvores anunciando a felicidade de viver em comunhão com o universo.

Olho atentamente a paisagem da rua, enquanto meu corpo preguiçosamente sente a saudade da noite que passou e prenuncio o vazio do dia que virá para mim.

As belezas desta manhã ficarão na memória e nas recordações da minha história.

As saudades do passado me acompanham, e a tua imagem me persegue ainda, mergulhada na alegria daquela manhã de verão.

Pessoas vão e vêem pelas ruas da cidade, rumo ao trabalho cotidiano e em mim as saudades de um amor que se findou.

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