sábado, 6 de abril de 2013

A MOÇA DA COLINA

Gracinda Calado

Ela morava na colina e todos os dias ia olhar o mar, passear na areia branca da praia.

À noite quando estava tudo calmo ela saía sem medo e sem segredo ia sentar-se nas pedras para olhar a lua.

Conversava com a lua e as estrelas; fazia seus pedidos aos seus deuses e esperava que um dia acontecesse um milagre.

A rotina estava lhe deixando cansada.

Contava as estrelas, sentia o vento soprar nos seus ouvidos, sentia o silencio da noite,

Mas não tinha solidão.

A Moça da colina, certa vez foi olhar o luar e se esqueceu das horas, dormiu e quando acordou era manhã.

O mar estava agitado e quase beijando seus pés.

Ficou ali mais um instante e resolveu passear na praia.

De longe viu algo boiando na quebrada das ondas, entrou no mar e pegou o objeto de sua curiosidade. Era uma garrafa, com uma mensagem, bem lacrada. Abriu a garrafa e leu o que estava escrito.

O autor da mensagem era um alemão. Seu nome era Gerald Fristel.

Tudo indicava que era uma pessoa solitária e desejava casar com uma moça que gostasse do mar e da natureza.

Era marinheiro. A solicitação que fazia era: “quem encontrar esta garrafa escreva pra mim ou telefone para o numero “x”; se for mulher quero conhecê-la para casar.”

A moça da colina não teve duvidas fez tudo direitinho.

Hoje vive com seu marinheiro, na colina e todos os dias eles vão olhar o mar e agradecer a Deus o presente que o mar lhes deu.



Nenhum comentário:

Postar um comentário