GRACINDA CALADO
Pequeno oásis no seara.
Majestoso desencadear de areias brancas
Como rendas de almofadas.
Porto das dunas, casarões de pedra e cal,
Desafiando o céu, desafiando o mar,
Natureza por todos os recantos...
Dégradé de verde tropical.
Água de coco, peixe assado,
Caranguejo, caipirinha,
Brindam com gosto e alegria
A brejeira prainha...
Da varanda vejo o mar por igual,
Meu olhar viaja pro horizonte
Meu pensamento voa alto pra outros montes.
Pássaros que cantam nos coqueiros,
Homens que levam seus veleiros.
Ao longe a jangada aponta,
Traz com ela o peixe,
Traz com ela o jangadeiro
Que deixou no mar seu sonho brasileiro.
Traz para o corpo alimento
E para a alma a esperança...
Calma e serena volta a jangada para a praia.
O ritual repete-se todo dia:
Enrola a vela,
Puxa a corda,
Limpa o samburá,
Deixa escorrer a água e o sal...
Lá vai a rendeira com sua almofada subindo a ladeira.
Lá vai a cocada de doce de coco, bem preparada,
Lá vai a saudade plantando emoção
Fazendo morada no meu coração!
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