quinta-feira, 8 de setembro de 2011

ENQUANTO O SOL NÃO VEM

Gracinda Calado
Anoitece!

Pouco a pouco tudo se tornará tranqüilidade.

O bosque exibe suas árvores carregadas de flores da primavera,

Exalam um perfume maravilhoso, aproveito o momento e caminho até minha casa.

Serena, volto ao lar depois de um dia de trabalho.

Depois da ceia noturna leio um livro, e releio os sonetos de Camões.

Durmo e acordo na madrugada; sem nenhum motivo vou à janela e olho a rua.

A natureza está morna, sem nenhuma brisa para refrescar a madrugada.

O conjunto de luzes acesas nos apartamentos, parece uma chuva de estrelas no ar.

Aos poucos algumas janelas se abrem e as luzes se apagam.

Por uma faixa de visão, avisto o mar distante, sinto que a manhã já está chegando, lenta e calma.

No céu umas nuvens escuras ameaçam transformar a paisagem da janela.

Devagarzinho as ruas acordam, enquanto o sol derrama uma luz clara sobre a cidade sonolenta. Preguiçosamente os coletivos se arrastam pela avenida principal do bairro e os trabalhadores do dia correm para pegar suas conduções.

Os vigilantes da noite voltam para casa sonolentos e cansados.

Amanhece e a luz do sol agora intensa cobre toda a cidade!

Foi-se embora mais uma noite e eu nem notei, admirada com a beleza do céu, com o perfume da madrugada e com o barulho do mar!

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