quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

CASA VELHA DA PONTE


Gracinda Calado

Casa velha da ponte, das noites de lua cheia, dos coaxás dos sapos, dos ruídos dos grilos, do farfalhar das borboletas nas trepadeiras e nas acácias...

Casa velha do cheiro de doce de leite que minha mãe fazia, dos bolos pés de moleques, das comidinhas gostosas aos domingos, do cheiro de rapadura, das cocadas e dos beijus, das tapiocas e das frutas colhidas pelo meu pai!

Casa velha dos dias de chuva, dos trovões, das enxurradas, das enchentes do rio, das correntezas, do barulho das pedras rolando rio abaixo.

Casa velha dos jardins de minha mãe, das roseiras perfumadas, dos jasmins, das margaridas, das adálias e das palmeiras...

Nossa casa era um abrigo de amor e de ternura. Hoje não existe mais, só na saudade da gente, dos filhos que não a esquecem jamais!

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