Por ANSELMO GRUM
A cruz abre uma brecha num
mundo fechado que se basta a si mesmo. A cruz lembra que, na encarnação e na
morte e ressurreição de Jesus, este mundo foi aberto para Deus e que Deus toca
todas as áreas deste mundo. Nesse contexto, a cruz é as duas coisas: o sinal do
amor incondicional de Deus, que nos alcança em todo tempo e em todo lugar, mas
também o sinal do juízo que se abaterá sobre este mundo se ele continuar a se
fechar em si mesmo. Este mundo terá fim. Ele não é estabelecido para sempre,
mas está nas mãos de Deus. Quando Jesus morreu na cruz rasgou a cortina do
templo que nos obstruía a visão de Deus. A cruz é a imagem da certeza de que
este mundo já não pode obstruir nossa visão de Deus, porque ele foi aberto e
marcado pelo amor de Deus. A cruz é a marca de ferrete que Deus imprimiu neste
mundo, para mostrar a todos os seres humanos que o amor de Deus vence todo o
ódio, que a força de Deus é a mais forte que todo poder humano que tem
constantemente a pretensão de ser a autoridade ultima.
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